Google Chrome ainda permite que sites detectem modo anônimo

Detecção do modo anônimo no Chrome pode ser empregada para evitar que usuário contorne paywall, por exemplo

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Como abrir uma Guia Anonima

Ou não?

Lançado em julho de 2019, o Google Chrome 76 chegou com a promessa de modificar um recurso que permite a um site descobrir se o usuário está navegando em modo anônimo. De fato, o tal recurso foi modificado. O problema é que, quase um ano depois, ainda é relativamente fácil descobrir quando uma página está sendo acessada em aba privada.

Antes do Chrome 76, o truque estava em acionar a API FileSystem. Nas janelas anônimas, o Chrome a mantinha desativada para evitar registro de dados do usuário. Logo, ao receber uma mensagem de erro informando sobre isso, o site podia “presumir” que aquele usuário estava em navegação anônima.

A partir daí, era possível bloquear o conteúdo para evitar que o usuário recorresse à navegação anônima para escapar do paywall ou de rastreamentos para fins publicitários, por exemplo.

No Chrome 76 e versões posteriores, o Google simplesmente passou a manter a API FileSystem ativada durante a navegação anônima, fazendo o truque não funcionar mais. Porém, apenas um mês depois do lançamento dessa versão, pelo menos dois outros truques para detectar abas privadas passaram a ser usados.

Na ocasião, o Google foi questionado a respeito desses métodos e informou que já tinha ciência deles, por isso, buscava outras formas de evitar a detecção do modo anônimo. Só que nove meses se passaram e nenhuma solução foi apresentada.

Para piorar, os scripts funcionam com praticamente qualquer navegador baseado no Chromium, como o Microsoft Edge, o Opera e o Brave. Além disso, os métodos foram aperfeiçoados para funcionar com navegadores como Firefox e Safari.

Recentemente, a companhia foi processada em US$ 5 bilhões sob acusação de rastrear usuários no modo anônimo. Como os scripts podem ter algum peso sobre o processo, é possível que o Google volte a se empenhar na busca de uma solução definitiva.

Com informações: ZDNet.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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