Facebook e Instagram exigem identificação em anúncios políticos

A partir de agosto, o Facebook e o Instagram proibirão anúncios políticos que não contarem com dados de quem pagou por eles

Por Victor Hugo Silva

há 3 anos e 9 meses • Atualizado há 2 anos e 4 meses

O Facebook e o Instagram vão exigir a sinalização de anúncios sobre política e eleições veiculados para usuários no Brasil. Antes de mostrarem o conteúdo, as plataformas confirmarão a identidade de quem pagou por ele e exibirão os rótulos “Pago por” ou “Propaganda Eleitoral”. Os avisos, que já podem ser utilizados pelos anunciantes, se tornarão obrigatórios em agosto e valerão mesmo depois das eleições municipais de 2020.

A identificação de anúncios políticos no Facebook existe desde 2018, mas agora a ideia parece ser evitar totalmente as campanhas desse tema que não forem devidamente sinalizadas. A empresa afirma que, a partir de agosto, as propagandas políticas em suas redes sociais que não contarem com dados sobre o autor não serão aprovadas. O objetivo da medida é garantir mais transparência.

A exigência vale para anúncios criados por, encomendados em nome de, ou relacionados a candidatos atuais ou ex-candidatos a cargos públicos; a figuras políticas; ou a partidos políticos. A medida também abrange os anúncios que tratam de eleições, referendos ou iniciativas de votação, como campanhas de incentivo ao voto.

Em todos esses casos, antes de veicularem suas campanhas políticas, pessoas ou organizações deverão confirmar a identidade e que têm residência ou sede no Brasil. O Facebook e o Instagram exigem ainda dados como CPF (ou CNPJ), telefone, e-mail e website dos anunciantes. O processo de autorização para a compra de anúncios já está disponível nas redes sociais.

E, assim como acontece desde 2018, as informações sobre as campanhas políticas ficarão disponíveis por sete anos na Biblioteca de Anúncios. A ferramenta apresenta detalhes como o valor gasto e o número de exibições em cada anúncio exibido na rede social.

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