Apple tenta provar que taxas da App Store não são anticompetitivas

Em relatório financiado pela Apple, economistas destacam que taxas da App Store são parecidas com as de outras plataformas

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
App Store no iPhone (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Na mira da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a Apple decidiu contratar economistas para tentar demonstrar que as taxas cobradas na App Store não prejudicam a concorrência. Em relatório financiado pela empresa, especialistas do Analysis Group apontaram que a cobrança é parecida com a aplicada por outras lojas de aplicativos. O estudo está disponível neste link.

O estudo aponta que, assim como a App Store, a taxa de 30% também é cobrada para aplicativos hospedados nas plataformas de Google, Amazon, Samsung e Microsoft. Os economistas também compararam a loja da Apple com plataformas como Steam, Epic Games Store, Twitch, YouTube, Uber, Airbnb e, a partir de dados oficiais ou de terceiros, indicaram que as taxas são parecidas.

“As taxas de comissão cobradas por marketplaces digitais semelhantes à App Store, como outras lojas de aplicativos e de games, são geralmente em torno de 30%”, aponta o Analysis Group. A empresa também considera que o modelo de comissões é o mais justo por entender que ele “reduz a barreira de entrada para pequenos vendedores e desenvolvedores”.

O documento foi publicado dias antes do CEO da Apple, Tim Cook, participar de uma audiência do Subcomitê Antitruste da Câmara dos Representantes dos EUA. Marcada para segunda-feira (27), a sessão também terá a presença de líderes de outras três grandes empresas de tecnologia: Mark Zuckerberg (Facebook), Sundar Pichai (Google) e Jeff Bezos (Amazon).

Além dos EUA, as práticas da Apple também são analisadas por autoridades da União Europeia. Em junho, a empresa passou a ser investigada em duas ações da Comissão Europeia. Uma delas, iniciada após queixas de Spotify e Kobo, envolve a cobrança de 30% na App Store. A outra é relacionada ao Apple Pay, único serviço de pagamento que tem acesso ao NFC do iPhone e do Apple Watch.

Com informações: CNET.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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