Proibição do TikTok barraria anúncios e distribuição em lojas de apps

Documentos da Casa Branca revelam planos para sanções feitas à rede social controlada pela chinesa ByteDance

Ana Marques
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
TikTok (Imagem: Solen Feyissa/Unsplash)

Novas informações sobre o embate entre o governo dos Estados Unidos e o TikTok detalham quais seriam os impactos práticos da medida assinada pelo presidente Donald Trump na última semana. De acordo com a Reuters, um documento da Casa Branca indica que as principais consequências seriam a suspensão da distribuição do TikTok em lojas de aplicativos americanas e a proibição de publicidade na rede social.

Para o especialista em segurança cibernética do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais dos EUA, James Lewis, tais sanções implicariam na morte do TikTok nos Estados Unidos, já que a plataforma estaria fora das principais lojas de dispositivos móveis, a App Store e a Play Store. A Apple e a Alphabet não se pronunciaram sobre o assunto.

Caso o cenário se confirme, as medidas teriam forte impacto no crescimento do número de usuários da rede social. O TikTok é bastante popular em território americano, com mais de 100 milhões de usuários ativos somente nos Estados Unidos.

Apesar das sanções, advogados afirmam que a ordem de Trump não pode obrigar os usuários a desinstalarem o aplicativo dos smartphones. Além disso, o governo não seria capaz de impedir o download a partir de sites estrangeiros.

Em contrapartida, o TikTok afirma que está estudando processar os EUA por faltas de evidências que justifiquem o banimento da rede social. Se a empresa não entrar com nenhum recurso para reverter o processo, as restrições começam a valer a partir de 20 de setembro.

Sanções dos EUA podem impulsionar trâmites de venda do TikTok

Enquanto o TikTok corre contra o tempo para explorar brechas nas ordens executivas de Donald Trump, a gigante Microsoft lidera as negociações para a compra do TikTok em todo o mundo – com exceção da China, onde a versão local, Douyin, ainda ficaria sob a administração da startup ByteDance. O Twitter também teria tentando entrar na briga para assumir a operação da plataforma, porém o valor alto da transação pode ser um impeditivo para que a empresa siga da disputa.

De acordo com o presidente dos Estados Unidos, a rede social poderia deixar de ser alvo de suas ações em caso de venda para uma empresa “grande”, “segura” e “muito americana”. Não se sabe, porém, qual seria a conduta de outros países se a transação for concluída – o app também é investigado na França por possível infração na regulamentação europeia de proteção de dados.

Com informações: Reuters

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Ana Marques

Ana Marques

Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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