Oi eleva preço da companhia de fibra InfraCo para R$ 20 bilhões

Em aditamento do plano de recuperação judicial, unidade de fibra InfraCo supera valor pedido pela Oi Móvel

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Equipe da Oi construindo rede da Oi Fibra. Foto: Lucas Braga/Tecnoblog

A Oi divulgou um aditivo ao Plano de Recuperação Judicial e elevou o preço do braço de fibra óptica InfraCo para R$ 20 bilhões. A operadora busca sócios para expansão da rede Oi Fibra e quer se tornar uma provedora de rede neutra, permitindo que outras empresas explorem a rede e atenda clientes usando a mesma infraestrutura.

O aumento no valor da InfraCo ocorreu pela “ampla demanda pelo ativo”. O valor total de firma é de R$ 20 bilhões, mas a Oi quer vender entre 25,5% a 51% do negócio.

Os interessados também terão de assumir compromisso de uma parcela primária de R$ 5 bilhões e uma secundária de R$ 6,5 bilhões, que devem garantir o pagamento de R$ 2,42 bilhões em dívidas da companhia. A busca de um sócio para a InfraCo é importante para que a operadora acelere a expansão da rede de fibra.

Valor pedido pela InfraCo supera Oi Móvel

Com o aditamento, o valor mínimo da InfraCo supera o da UPI de Ativos Móveis: a operadora estabeleceu o valor de R$ 15 bilhões pela Oi Móvel. Um consórcio formado por Claro, TIM e Vivo já ofereceu R$ 16,5 bilhões pelo negócio de telefonia celular; caso a venda seja concretizada, as operadoras devem dividir clientes e espectro.

A rede de fibra da Oi está em expansão. A operadora soma 127 cidades com o serviço e atingiu a cobertura de 6,7 milhões de domicílios. A previsão é que a rede atinja até 8,6 milhões de casas até o final do ano. A operadora aproveita sua infraestrutura existente, que soma 388 mil km de fibra óptica em 2.300 cidades.

TIM e Vivo também querem construir rede neutra

Além da Oi, outras companhias também apresentam interesses no modelo de negócios de rede neutra. A TIM sonda parceiros para construção de uma infraestrutura de fibra óptica. O negócio seria um pouco diferente da estratégia da Oi, uma vez que a operadora italiana não pretende compartilhar a rede já existente da TIM Live.

A Vivo também deve seguir o modelo da TIM e prevê construção de uma rede neutra de fibra óptica para 5 milhões de domicílios nos próximos quatro anos em localidades de médio porte. A operadora continuaria com rede exclusiva nos locais estratégicos.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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