Claro diz que 5G no Brasil poderá superar 2 Gb/s de velocidade

Para atingir 2 Gb/s no 5G, Claro iria agregar frequências atualmente usadas com 4G; operadora continuará com 5G DSS após leilão

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Teste de velocidade no 4G e 5G DSS na rede da Claro. Foto: Paulo Higa/Tecnoblog
Teste de velocidade com 4G e 5G DSS da Claro

O 5G começou a dar as caras no Brasil, e a Claro prevê que sua rede poderá alcançar a casa dos 2 gigabits por segundo em algumas regiões. A velocidade vai depender do espectro do próximo leilão da Anatel, que deve ocorrer no primeiro trimestre de 2021, além da agregação de frequências já utilizadas pela tecnologia 4G.

A expectativa foi divulgada pelo diretor de evolução tecnológica da Claro, Luiz Bourdot, em um evento virtual sobre telecomunicações. De acordo com o Telesíntese, as velocidades na casa dos 2 Gb/s estariam limitadas a alguns locais e não há estimativa de quando o consumidor final conseguiria navegar com toda essa banda.

Para atingir 2 Gb/s, a Claro precisaria trabalhar com a agregação de diferentes frequências na quinta geração, como ocorre no atual 4,5G (LTE Advanced Pro). Para isso, a companhia somaria os espectros:

  • 20 MHz de capacidade na frequência de 2,6 GHz, usando 4G e 5G DSS;
  • 20 MHz de capacidade na frequência de 2,1 GHz, usando 4G;
  • 15 MHz de capacidade na frequência de 1,8 GHz, usando 4G;
  • 10 MHz de capacidade na frequência de 700 MHz, usando 4G;
  • pelo menos 100 MHz de capacidade em frequências de 2,3 GHz, 3,5 GHz, 26 GHz e espectro não-licenciado de 6 GHz, usando 5G standalone.

Em testes de laboratório, a Claro já atingiu 1,16 Gb/s no 5G usando a frequência de 3,5 GHz com 100 MHz de espectro, sem agregação de portadoras.

Claro continuará usando 5G DSS mesmo após leilão

A Claro já ativou o 5G DSS em alguns bairros de São Paulo e Rio de Janeiro. Em demonstração ao Tecnoblog, foi possível alcançar 313 Mb/s de download e 111,7 Mb/s de upload na sede da empresa. A tecnologia é tida como um “pré-5G”, com oportunidade para a operadora criar base de smartphones compatíveis e antecipar casos de uso.

Mas a Claro irá continuar usando a tecnologia de compartilhamento dinâmico de espectro mesmo após o leilão das novas frequências. O modelo seria útil para ampliar a área de cobertura 5G, uma vez que a faixa de 3,5 GHz tem alcance menor que as faixas atualmente adotadas para o 4G.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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