Mercado de celulares não deve se recuperar antes de 2022

O crescimento esperado apenas para 2022 pode compensar a queda nas vendas do mercado de celulares em 2020, que deve beirar 10%

André Fogaça
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Motorola Edge+ Review 5G celulares mundo

Se 2020 já está ruim para praticamente qualquer pessoa, no mercado de celulares o cenário também não é positivo e a recuperação pode nem acontecer no ano que vem. Com queda prevista para quase 10% nas vendas globais neste ano, os números podem voltar a crescer apenas em 2022.

A previsão vem da IDC, que divulgou detalhes sobre o segundo trimestre deste ano e a expectativa é de retração de 9,5% em todas as vendas de celulares ao redor do mundo para o ano, quando comparado com o que aconteceu em 2019. A pesquisa realizada pela empresa diz que 2021 será um ano de trabalho e os frutos de novo crescimento só acontecerão a partir de algum momento do ano seguinte – que é quando as vendas em níveis pré-pandemia voltarão a aparecer.

Com pouca demanda, mercado de celulares 5G crescerá

O 5G ainda é um futuro distante para muitas pessoas, mas analistas da consultoria acreditam que ele estará ainda mais presente nos lançamentos de 2022. “Embora muitos dos principais fabricantes tenham reduzido seus planos de produção de 2020 para se alinhar ao declínio do mercado, vimos a maioria dos cortes focados em portfólios de aparelhos 4G”, diz Ryan Reith, vice presidente do Worldwide Mobile Device Tracker da IDC.

A previsão veiculada pela própria IDC é que o ano em que os celulares 4G estarão tão presentes como os 5G será 2023, com crescimento de participação da tecnologia mais recente ano após ano. Este cenário só acontecerá se o mercado apresentar smartphones 5G com custo reduzido e desde que as taxas de serviço também fiquem mais baratas.

Ainda neste ano, é esperado que a China represente 67,7% de todos os smartphones 5G do mundo, já que por lá os modelos intermediários que custam menos da metade dos topo de linha já trazem este tipo de conexão. Os Estados Unidos ficam em segundo lugar com 12,2%, seguidos de países da Europa ocidental com 7,5%.

Com informações: IDC.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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