Claro, TIM e Vivo propõem pagar R$ 17,3 bilhões pela Oi Móvel

Oi aceita proposta vinculante oferecida por Claro, Vivo e TIM, mas compra só deve ser efetivada em leilão

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Loja da Oi em shopping. Foto: Divulgação

A Oi divulgou um fato relevante na tarde desta segunda-feira (7) com maiores detalhes sobre a oferta vinculante oferecida por Claro, TIM e Vivo para compra do braço de telefonia móvel. Houve aditamento da proposta com adicional de R$ 819 milhões pelo modelo de prestação de serviços de capacidade. Com isso, as concorrentes devem pagar R$ 17,3 bilhões pela Oi Móvel.

Em seu plano de reestruturação, a Oi precificou a Unidade Produtiva Isolada de Ativos Móveis em pelo menos R$ 15 bilhões. Houve uma disputa inicial entre as operadoras concorrentes e a Highline, empresa de infraestrutura mantida por um fundo de investimento americano. No entanto, Claro, TIM e Vivo acabaram cobrindo a oferta com R$ 16,5 bilhões.

Desse montante, a empresa esclarece que R$ 756 milhões são relativos a serviços de transição durante doze meses, e que os outros R$ 819 milhões são adicionais à proposta inicial. Somando os valores, Claro, TIM e Vivo estão dispostas a gastar R$ 17,3 bilhões pela Oi Móvel.

Claro, TIM e Vivo podem cobrir outras ofertas para Oi Móvel

É importante lembrar que a venda da Oi Móvel não foi concluída: o negócio deverá ser arrematado em leilão até o final do ano, de acordo com o cronograma apresentado durante a reestruturação da empresa. A oferta vinculante posiciona o consórcio entre Claro, TIM e Vivo como stalking horse, que dá o direito de cobrir ofertas de maior valor apresentado por outros proponentes (right to top) com o mínimo de 1% superior a soma de todas as quantias apresentadas.

Após o leilão, a Oi espera que a conclusão da venda ocorra apenas no final de 2021. O negócio precisa ser aprovado pela Anatel e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A expectativa do mercado é que os clientes sejam divididos individualmente por DDD, privilegiando a operadora com menor participação de mercado; se esse arranjo for seguido, a TIM deve levar a maior parte da Oi Móvel.

A Oi espera que a reestruturação da companhia seja aprovada na Assembleia Geral de Credores, que ocorre nesta terça-feira (8). Além do setor móvel, a empresa quer se desfazer dos negócios de TV por assinatura, torres e datacenters, além de transformar sua rede de fibra óptica em operadora neutra.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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