Pix tem 57 mil transferências nas primeiras 24 horas contínuas

Fase restrita enfrenta problemas técnicos já esperados, mas avaliação é positiva, de acordo com o Banco Central

Ana Marques
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Pix (Imagem: Divulgação/Banco Central)
Pix (Imagem: Divulgação/Banco Central)

O Pix chega para todos a partir do dia 16 de novembro, mas o sistema já está em operação restrita, para um grupo pequeno de usuários em determinadas instituições bancárias. Em suas primeiras 24 horas contínuas, entre as últimas quinta-feira (05) e sexta-feira (06), a modalidade registrou 57 mil transferências – um avanço em relação ao primeiro dia de operação restrita, no dia 03 de novembro, que contabilizou 1.570 transações.

De acordo com Leandro Vilain, diretor-executivo de inovação, produtos e serviços bancários da Febraban (Federação Brasileira de Banco), durante esse período foram identificados problemas operacionais já esperados para os primeiros dias de operação.

Um exemplo de falha durante uma transferência foi o de um banco que não reconheceu a agência de outra instituição durante uma transação por conta de zeros à esquerda. Ainda assim, Vilain afirmou que erro foi corrigido rapidamente, e o resultado superou as expectativas.

O Banco Central já previa a instabilidade do sistema durante esse período:

Fizemos essa abertura porque sabemos que terão problemas. Nós não sabemos quais são, mas sabemos que problemas pontuais vão existir. Mas é difícil saber quais são e antecipá-los. Por isso tivemos duas semanas de testes com os participantes do mercado.

João Manoel Pinho de Melo, Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central

Pix não substituirá TED, DOC ou boletos

Para o presidente da Febraban, Isaac Sidney, o novo sistema de pagamentos não vai substituir modalidades anteriores, como o TED, DOC ou boleto bancário. Ele afirma que o Pix servirá para aumentar a inclusão financeira e para aprimorar a eficiência do mercado de pagamentos, mas as demais formas ainda serão utilizadas para fins distintos.

Pix em aplicativo da Caixa (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Pix em aplicativo da Caixa (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Sidney também acredita que o Pix não irá reduzir a receita dos bancos de forma significativa, já que 60% das contas transacionais no Brasil são isentas de tarifas e comissões, e boa parte dos 40% restantes inclui clientes que não pagam ou que conseguem abatimento em transações.

Como funciona

Por enquanto, o Pix está operando em fase de testes com horários variados, entre 9h e 22h, com exceção de 12 e 13 de novembro, quando o sistema funcionará entre 9h e 24h e entre 0h e 22h, respectivamente. Neste período, nem todos poderão enviar quantias via Pix, mas todos os cadastrados poderão receber.

A operação plena está marcada para o dia 16 de novembro – a partir de então, as transferências serão possíveis 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana, para todos os usuários que optarem pelo cadastro.

Para os clientes selecionados para a fase de testes, as transações estão disponíveis por meio do aplicativo do seu banco. Para verificar, atualize o app e procure pelo botão “Pix”.

Pix no aplicativo do Nubank (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Pix no aplicativo do Nubank (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Para enviar uma quantia, selecione a opção “Transferir” e, depois, estipule o valor da transação. Em seguida, busque pela chave do destinatário (pode ser o CPF/CNPJ, nome, e-mail ou telefone). Verifique as informações em um resumo da operação antes de terminar a transferência, e finalize com a sua senha.

Lembre-se de sempre guardar um comprovante da transação – especialmente neste primeiro momento, que está mais sujeito a falhas operacionais.

Com informações: Mobile Time

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Ana Marques

Ana Marques

Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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