Google Mensagens testa adotar criptografia do WhatsApp

A criptografia do Google Mensagens garante que apenas o remetente e o destinatário poderão acessar o conteúdo da conversa

André Fogaça
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Google Mensagens (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Google Mensagens (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

O Google anunciou nesta quinta-feira (19) o início dos testes para inserir criptografia dentro das conversas que acontecem no aplicativo Mensagens. A ideia é de levar o mesmo tipo de proteção que existe na concorrência, como é o caso do Telegram, iMessage da Apple e o WhatsApp.

O protocolo para criptografia escolhido pelo Google no Mensagens é o Signal, o mesmo utilizado pelo WhatsApp – isso não significa que é possível um mensageiro enviar mensagem para o outro. Este tipo de proteção ponta a ponta funciona apenas nos chats com base em RCS (Rich Communications Service), que é uma espécie de evolução do SMS e lembra o mesmo uso do WhatsApp: os chats utilizam dados de internet e podem conter áudio, fotos e vídeos junto do texto.

A criptografia neste tipo de comunicação é a garantia de que nem a operadora, muito menos o Google poderão abrir o conteúdo trafegado pelo sistema. A proteção acontece desde a saída da mensagem do celular do remetente, até a exibição do que está nela para o destinatário.

Criptografia no Google Mensagens também na versão web

Por enquanto a criptografia do Google Mensagens só funciona para quem aderir ao programa de testes do app, com início dos primeiros ensaios já para este mês e que continuarão até o ano que vem. Para a proteção funcionar, os dois lados da conversa precisam estar com a versão mais recente do app, ter a função “chat” habilitada e dentro do alcance do Wi-Fi ou na área de cobertura de dados pela rede móvel da operadora.

Se tudo der certo, um cadeado aparece no topo da janela da conversa, indicando que a criptografia está ativada – valendo até mesmo para o papo na versão web do serviço. A chave para abrir a mensagem criptografada no Google Mensagens é criada sempre que algum texto, vídeo, foto, ou qualquer outra coisa é enviada de um lado para o outro. A chave é apagada quando a mensagem é aberta no destinatário.

O RCS do Google está disponível em diversos países, inclusive no Brasil. Por aqui a Oi, Vivo, Tim e Claro já oferecem o RCS para seus assinantes. Usuários do iPhone podem utilizar o iMessage como alternativa.

Com informações: Google.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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