FBI pede ajuda no Twitter e Facebook para achar invasores do Capitólio

FBI também recorreu às redes sociais para divulgar imagens de pessoas que participaram da invasão ao Capitólio dos EUA

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Apoiadores de Donald Trump dentro do Capitólio dos EUA (Imagem: Saul Loeb/AFP)

Apoiadores de Donald Trump dentro do Capitólio dos EUA (Imagem: Saul Loeb/AFP)

Após a invasão ao Capitólio dos Estados Unidos por apoiadores de Donald Trump, o FBI recorreu aos usuários de Twitter e Facebook para identificar os participantes do ataque. O ato realizado por uma multidão que questiona a confirmação da vitória do presidente eleito Joe Biden resultou na morte de cinco pessoas.

No Twitter e no Facebook, o órgão de segurança americano pediu a colaboração de quem tem fotos e vídeos dos invasores. “O FBI está tentando identificar indivíduos que instigam a violência em Washington D.C. Estamos aceitando pistas e mídia digital retratando distúrbios ou violência dentro e ao redor do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro”, diz a mensagem.

A publicação conta ainda com um link para um formulário do FBI em que cidadãos podem enviar arquivos que possam contribuir com a investigação. “Nosso objetivo é preservar o direito constitucional do público de protestar, protegendo todos contra a violência e outras atividades criminosas”, indica a polícia americana na página.

Nesta sexta-feira (8), o FBI afirmou que recebeu cerca de 17 mil contribuições em seu site. Além disso, a polícia americana publicou uma thread no Twitter com fotos de dezenas de suspeitos no Capitólio após a invasão. Nos tweets, o órgão voltou a pedir a contribuição de quem possa ter informações sobre as pessoas que aparecem nas imagens.

O procurador dos EUA em Washington, Mike Sherwin, indiciou 55 suspeitos de participarem da invasão. Segundo a NBC, oito deles têm acusações específicas por entrarem armados no Capitólio. Entre as demais acusações, estão os crimes de entrada ilegal, agressão e roubo. O Departamento de Justiça afirma que a busca de todos os invasores poderá durar todo o ano.

Imagens podem ser usadas em reconhecimento facial

O FBI não indicou como usará fotos e vídeos do protesto, mas poderá identificar suspeitos com reconhecimento facial. Como lembra o Ars Technica, polícias de estados como Nova York, Miami e Filadélfia já recorreram a ferramentas como a da Clearview AI para identificar participantes de protestos do Black Lives Matter.

Os órgãos de segurança também poderão exigir que empresas como o Google apresentem uma lista com os dispositivos que estiveram em torno do Capitólio no momento da invasão. No entanto, parte da investigação será facilitada por muitos dos apoiadores de Trump, que divulgaram em suas redes sociais que participaram do ato.

Com informações: CNET.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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