Aeroporto de Frankfurt usa blockchain para rastrear COVID-19

O aeroporto de Frankfurt adotou uma solução baseada em blockchain para verificar informações de saúde de passageiros

Bruno Ignacio
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Coronavírus (imagem: Mattthewafflecat/Pixabay)

Coronavírus (imagem: Mattthewafflecat/Pixabay)

Em meio à pandemia de COVID-19 pelo mundo, novas tecnologias começaram a ser utilizadas para monitorar o avanço do vírus. O aeroporto de Frankfurt, por exemplo, começou a adotar o blockchain na biovigilância para proteger dados públicos e a privacidade de quem transita.

As informações foram confirmadas pelo Cointelegraph após um usuário no Twitter afirmar que o aeroporto parecia estar utilizando a tecnologia IOTA blockchain para armazenar e gerenciar dados estatísticos e de testes de passageiros. A ideia é criar uma espécie de “passaporte de saúde” para lidar com as restrições.

Ubrich fornece solução de TI para aeroporto

A Ubirch, empresa provedora de tecnologia de segurança cibernética, desenvolveu o chamado “Certificado Digital Corona Test”, uma solução de TI que verifica o status de SARS-CoV-2 de passageiros e protege os dados pessoais conforme as regras europeias. Esses serviços estão sendo utilizados pelo Centro de Testes de Coronavírus Centogene, no aeroporto de Frankfurt.

Conforme a empresa informou ao Cointelegraph, a tecnologia apresentada permite fixar “impressões digitais anônimas em rede blockchain”. Com isso, cada companhia aérea pode verificar o status do certificado SARS-CoV-2 do passageiro diretamente no portão de embarque, chegada e demais entradas do aeroporto. Os dados pessoais de usuários ou resultados de testes são protegidos e não visíveis.

Tecnologia IOTA é utilizada para verificar testes

A IOTA é uma tecnologia open-source de banco de dados distribuído e é usada em parte pela Ubirch nos serviços para o aeroporto de Frankfurt. Segundo a empresa, isso torna os resultados de testes de coronavírus verificáveis na rede.

Diferente da tecnologia blockchain convencional, a base da IOTA não utiliza efetivamente ‘blocos’ de dados. Ela opera com base em um sistema topologicamente ordenado no qual múltiplos tipos de transações são executadas em diferentes cadeias na rede simultaneamente.

Blockchain é aplicado na China e em Macau

A tecnologia blockchain também permitiu a 17 milhões de pessoas transitar entre Macau e a província de Guangdong, na China. Conforme informou o South China Morning Post, as autoridades chinesas de saúde precisam verificar informações de passageiros que cruzam a fronteira, mas assim como na Europa, não deve ocorrer a troca direta de dados para que o protocolo se mantenha dentro da legislação de privacidade do país.

Por isso, o sistema de saúde chinês utiliza a tecnologia blockchain para criptografar a identificação e as demais informações pessoais e de saúde de viajantes, todas armazenadas em rede e acessadas somente por pessoal autorizado. Isso permitiu às autoridades da China e de Macau verificar o status viral de passageiros e até mesmo se eles tiveram contato com casos de COVID-19 conhecidos pelo sistema.

Com informações: Cointelegraph, South China Morning Post.

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Bruno Ignacio

Bruno Ignacio

Ex-autor

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Cobre tecnologia desde 2018 e se especializou na cobertura de criptomoedas e blockchain, após fazer um curso no MIT sobre o assunto. Passou pelo jornal japonês The Asahi Shimbun, onde cobriu política, economia e grandes eventos na América Latina. No Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. Já escreveu para o Portal do Bitcoin e nas horas vagas está maratonando Star Wars ou jogando Genshin Impact.

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