Apple reforça segurança nas fábricas para evitar vazamentos

Operários ainda terão informações biométricas coletadas e monitoramento fica mais intenso em áreas de desenvolvimento

Ana Marques
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Fábrica da Apple (Imagem: Divulgação/Apple)

Fábrica da Apple (Imagem: Divulgação/Apple)

Após diversos vazamentos de aparelhos na mídia e em redes sociais ao longo dos últimos anos, a Apple está reforçando a segurança em fábricas parceiras para evitar a exposição de produtos que ainda estão em desenvolvimento. As informações são de um documento interno obtido pelo The Information, e revelam novas medidas no tratamento de funcionários da empresa, na admissão de operários e no monitoramento de áreas destinadas à produção.

Rigidez na contratação e no monitoramento de operários

De acordo com o relatório, os parceiros de fabricação da Apple não poderão mais coletar dados biométricos de funcionários da empresa que fazem visitas à fábricas, o que inclui reconhecimento facial ou impressões digitais.

O contrário, porém, não se aplica. Isto é, os mais de 1 milhão de operários das fábricas ainda têm suas informações biométricas mantidas. A medida aplicada a apenas um dos lados parece ter gerado algum desconforto para os trabalhadores, e ocorre em um momento no qual outras grandes Big Techs, como a Amazon, passam a vigiar os profissionais que atuam nas pontas de suas operações.

Além disso, a Apple pede que os parceiros de fabricação verifiquem os antecedentes criminais de todos os operários que trabalham em produtos ainda não lançados. Quem, porventura, tiver um registro criminal, não poderá acessar as áreas de desenvolvimento ou montagem de tais produtos.

Já quaisquer visitantes deverão fornecer documentos de identificação emitidos pelo governo.

Maior monitoramento com câmeras e alarmes

Outros procedimentos para reforçar a segurança envolvem o uso de mais câmeras para capturar os quatro lados dos veículos de transporte enquanto eles estiverem estacionados nas instalações. Os registros detalhados dos trabalhadores que transportam peças sensíveis devem ser mantidos, bem como as gravações que mostram a destruição de protótipos e peças defeituosas – estas por um período de 180 dias.

Quando um componente sensível é transportado de uma área para a outra, e o tempo de trânsito é maior do que o estimado, as fábricas devem emitir alarmes de segurança.

Ao que tudo indica, as mudanças foram feitas no início deste ano para evitar que iPhones, MacBooks e outros dispositivos tivessem informações reveladas antes do lançamento. A Apple não comentou o assunto.

Com informações: The Information, MacRumors e CNET

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Ana Marques

Ana Marques

Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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