Adoção de eSIM deve crescer 180% até 2025, impulsionada por Apple e Google

eSIM ainda é uma tecnologia restrita, mas deve crescer nos próximos anos; veja como o chip virtual funciona na Claro, TIM e Vivo

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Ativação do eSIM no iPhone (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)
eSIM para smartphones deve ter crescimento nos próximos quatro anos (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Um estudo da consultoria Juniper Research diz que o uso de eSIM irá saltar 180% nos próximos quatro anos. A tecnologia consiste em um chip de telefonia virtual, que pode ser configurado via software e dispensa o uso de um equipamento físico como nos tradicionais SIM Cards. No Brasil, Claro, TIM e Vivo já possuem a tecnologia.

De acordo com o estudo, fabricantes como Apple e Google irão impulsionar o crescimento do eSIM, e 94% das ativações estarão concentradas em dispositivos para consumidores finais. O chip virtual também é adotado em dispositivos de Internet das Coisas, como automóveis, máquinas agrícolas, rastreadores e sensores.

Uma das principais vantagens do eSIM é que toda a configuração da operadora pode ser feita de forma remota. A tecnologia permite, por exemplo, que o cliente contrate um plano de celular online e ative no smartphone de forma instantânea, sem a necessidade de ir até uma loja ou ponto de venda.

Mesmo que tenha ganhado popularidade nos últimos anos, o eSIM ainda é uma tecnologia restrita. O padrão está disponível em aparelhos mais caros, como iPad, iPhone, Motorola Razr e Samsung nas linhas Galaxy S, Note e Fold. No exterior é possível encontrar o padrão em alguns smartphones da linha Google Pixel, Huawei, Oppo, além de determinados notebooks com Windows 10.

eSIM no Brasil: como funciona?

Algumas operadoras de telefonia brasileira oferecem a tecnologia eSIM para consumidores finais:

Mesmo com presença em várias operadoras, a adoção do eSIM ainda é tímida no Brasil. Um dos fatores é a dificuldade para ativação do chip virtual: enquanto é possível comprar SIM Cards físicos em locais como bancas de jornais, farmácias e supermercados, o eSIM só costuma estar disponível no site ou lojas próprias das operadoras.

Mesmo nas lojas há um certo desconhecimento por parte dos vendedores: são diversos os relatos de usuários que se dirigiram até uma loja que não tinha estoque de eSIM ou que foram informados sobre compatibilidade exclusiva para planos pós-pagos. E sim, há operadoras vendem o chip virtual de forma… física: a Claro e TIM são exemplos disso, e muitas vezes o cliente precisa pagar por um pedaço de papel com um simples QR Code.

A Vivo, por exemplo, liberou a ativação remota do eSIM, e para isso o cliente deve entrar em contato com uma loja via WhatsApp. Uma reportagem do Tecnoblog apurou que diversos funcionários se recusaram a enviar o QR Code sem a presença física no estabelecimento, o que contradiz informação do próprio site da operadora.

As operadoras Claro e TIM não divulgam a possibilidade de ativação remota do eSIM para linhas existentes, o que torna o processo burocrático. Por outro lado, essa restrição acaba resguardando a fraudes de SIM swap, usada por golpistas para clonagem de WhatsApp.

Com informações: MacRumors

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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