Escassez de chips vai durar até 2022, alerta Foxconn

Foxconn espera redução de 10% em suas remessas devido à escassez de chips provocada pela alta demanda durante a pandemia

Bruno Gall De Blasi
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Foxconn
Foxconn (Imagem: Nadkachna/Wikimedia)

A Foxconn deu mais um aviso em relação à escassez de chips impulsionada pela alta demanda de produtos eletrônicos devido à pandemia e a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. De acordo com o CEO da companhia, Young Liu, a falta de semicondutores pode durar até o começo do ano que vem. A estimativa é de que a ausência de componentes cause uma redução de 10% nas remessas da fabricante.

O alerta do executivo relatado pelo Nikkei Asia acende mais um sinal amarelo em relação à falta de semicondutores. A companhia taiwanesa, que fornece componentes à Apple, Google, Microsoft e HP, estima que a escassez global irá permanecer em cena até, pelo menos, o segundo trimestre de 2022.

“O [fornecimento nos] primeiros dois meses deste trimestre ainda estava bom, já que nossos clientes são todos muito grandes, mas começamos a ver mudanças acontecendo neste mês”, disse Liu nesta terça-feira (30).

A previsão da Foxconn é alinhada com as expectativas de especialistas reveladas no final de fevereiro. Para eles, a falta de chips pode durar até 2022, cujo impacto deve ser sentido tanto nos preços de celulares, computadores, videogames e afins quanto no valor de carros, por exemplo.

Na semana passada, o presidente da Xiaomi também alertou para os impactos da escassez global de semicondutores. De acordo com o executivo, o problema pode aumentar os preços de celulares e outros produtos da fabricante chinesa.

Escassez de chips deve durar até 2022

Escassez de chips deve durar até 2022 (Imagem: Brian Kostiuk/Unsplash)

Escassez de chips já afeta indústria automotiva

A indústria automotiva é outro setor atingido pela falta de chips. Recentemente, montadoras como General Motoros (GM), Hyundai e outras relataram os impactos sentidos pela ausência de peças para a fabricação de carros. Em alguns casos, a produção foi até interrompida temporariamente devido à escassez de semicondutores.

O cenário pode ter se agravado ainda mais com um incêndio que atingiu uma fábrica de semicondutores. No último dia 19, uma unidade da Renesas Electronics, uma das maiores fabricantes de chips para carros do mundo, pegou fogo. Na época, a empresa estimou que a produção poderia ser atrasada em, pelo menos, um mês.

Com informações: Nikkei Asia e The Verge

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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