SpaceX tem prejuízo de US$ 1 mil em cada antena da internet Starlink

Antenas chegaram a ter custo de fabricação de US$ 3 mil; unidades vendidas por US$ 499 custavam US$ 1.500 à SpaceX

Ana Marques
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Antena da Starlink (Imagem: divulgação/SpaceX)
Antena da Starlink (Imagem: Divulgação / SpaceX)

Apesar de cobrar US$ 499 por uma antena da Starlink, a SpaceX ainda “engole” um prejuízo de aproximadamente US$ 1 mil na venda de cada unidade do equipamento. A presidente da empresa, Gwynne Shotwell revelou, nesta terça-feira (06), que inicialmente foram gastos US$ 3 mil na produção de cada antena, passando a US$ 1.500 com a evolução do processo. Atualmente elas já têm custo de fabricação mais baixo, de US$ 1.300, em uma versão recém-lançada.

A expectativa – o desafio – da empresa é fazer com que esses custos caiam ainda mais. A executiva estima que os equipamentos possam ser fabricados por “algumas centenas” de dólares em até dois anos. Uma redução nesse fator pode ser determinante para tornar a antena mais acessível para quem tem orçamento apertado.

Durante um painel virtual nesta terça, Shotwell afirmou que a SpaceX não planeja oferecer “preços diferenciados”, baseados em diferentes níveis de serviço, para sua internet via satélite. “Vamos tentar manter [o serviço] o mais simples e transparente possível, então, agora, não há planos de segmentação para os consumidores”, explicou.

Satélites também somam custo alto em fase inicial

Além do alto custo para fabricar as antenas, a SpaceX está em um momento de amplos gastos com a construção e lançamento de satélites responsáveis pela transmissão de dados da Starlink.

Em fevereiro, o CEO Elon Musk comentou o cenário: “A SpaceX precisa passar por um abismo profundo de fluxo de caixa negativo durante o próximo ano ou depois para tornar a Starlink financeiramente viável. Cada nova constelação de satélites da história faliu. Esperamos ser os primeiros que não o façam.”

Atualmente, a Starlink já conta com mais de 1.300 satélites em órbita. Uma versão beta pública do serviço foi lançada nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha e Nova Zelândia. Também é possível adquirir o plano no Brasil por meio de uma reserva que custa US$ 99 – a empresa afirma que a previsão de cobertura da internet via satélite por aqui é para o final de 2021.

Segundo Shotwell, a SpaceX “não tem um prazo para sair da fase beta”, já que ainda há “muito trabalho a fazer para tornar a rede confiável”.

Com informações: CNBC

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Ana Marques

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Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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