iPad não vai rodar macOS mesmo com chip M1, avisa executivo da Apple

Novo iPad Pro traz Apple M1, o mesmo chip de Macs com arquitetura ARM; tablet terá preços a partir de R$ 10.799 no Brasil

Bruno Gall De Blasi
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
iPad Pro de 5ª geração (Imagem: Divulgação / Apple)
iPad Pro de 5ª geração (Imagem: Divulgação / Apple)

A Apple revelou, no começo da semana, um novo iPad Pro com Apple M1. No entanto, apesar de trazer o mesmo processador dos Macs com arquitetura ARM e das especulações, a fabricante do iPhone não pretende levar o macOS ao seu tablet. É o que conta um executivo da companhia ao The Independent nesta quinta-feira (22).

As informações partem de uma entrevista com Greg Joswiak, vice-presidente sênior de marketing global da Apple, e John Ternus, vice-presidente sênior de hardware. Na conversa, Joswiak disse que há duas histórias conflitantes que as pessoas gostam de contar sobre o Mac e iPad:

“Por um lado, as pessoas dizem que estão em conflito umas com as outras. Que alguém tem que decidir se quer um Mac ou um ‌iPad‌”, disse. “Ou as pessoas dizem que estamos fundindo-os em um: que há realmente uma grande conspiração que temos para eliminar as duas categorias e torná-las uma. E a realidade não é nenhuma delas”.

Na entrevista, o chefe de hardware da Apple também explicou o motivo para levar o Apple M1 ao tablet. “O melhor Apple Silicon que produzimos sempre foi para o iPad Pro”, afirmou. “E o M1 é o melhor Apple Silicon que fabricamos”.

“É uma coleção incrível de tecnologias. Você sabe, não é apenas o desempenho da CPU e GPU. É o ISP, é o motor neural, é a capacidade Thunderbolt”, complementou. “São todas essas coisas. Portanto, era natural que quiséssemos trazer toda essa capacidade para o iPad Pro”.

Novo iPad Pro tem porta Thunderbolt e pode ser usado com teclado e caneta (Imagem: Reprodução/Apple)

Novo iPad Pro tem porta Thunderbolt e pode ser usado com teclado e caneta (Imagem: Reprodução/Apple)

Novo iPad Pro traz processador Apple M1 e Thunderbolt

A declaração ocorreu após o anúncio do iPad Pro 2021. Depois de trazer um processador que se aproximou do Intel Core i7, como aconteceu em 2018, a geração atual do tablet chega com o Apple M1. O chip, vale lembrar, é o mesmo encontrado nos novos Macs, e que vem chamando a atenção pela sua performance.

Nesta quinta-feira (22), o The Verge apresentou alguns argumentos para a Apple levar o macOS ao tablet. Além do processador, que é o mesmo de um computador da marca, a nova geração também possui porta Thunderbolt 3 e até 2 TB de armazenamento. De sobra, a Apple ainda comercializa uma capa com teclado retroiluminado e touchpad.

Ainda assim, o software do tablet possui alguns gargalos. Em um exemplo, o site lembra que, no MacBook, é possível fazer uma chamada de vídeo e realizar muitas outras tarefas ao mesmo tempo. No iPadOS, o usuário fica limitado a dois apps na tela.

iPad Pro de 5ª geração (Imagem: Divulgação / Apple)

iPad Pro de 5ª geração (Imagem: Divulgação / Apple)

O Verge também levanta algumas vantagens. Ainda sobre videoconferência, o gadget tende a oferecer uma qualidade superior em relação ao MacBook Pro, que tem webcam de 720p. O tablet, por sua vez, possui sensor de 12 MP com lente ultrawide que filma em 1080p. Demais ganhos ficariam pela tela touch e pelo suporte à Apple Pencil.

Enquanto isso, o novo iPad Pro chegará com iPadOS 14. No Brasil, os preços do tablet começarão em R$ 10.799. A data de lançamento, porém, ainda é um mistério.

Com informações: MacRumors, The Independent e The Verge

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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