Claro cresce no pós-pago e fatura R$ 9,82 bilhões no primeiro trimestre

Claro perde clientes de TV por assinatura, mas cresce na banda larga e telefonia móvel; linhas do pós-pago cresceram 19,4%

Lucas Braga
Por
• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Loja da Claro em São Paulo (Imagem: Felipe Ventura / Tecnoblog)
Loja da Claro em São Paulo (Imagem: Felipe Ventura / Tecnoblog)

A Claro Participações divulgou os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2021. A operadora praticamente manteve a receita líquida, com queda de apenas 0,3% no comparativo com o ano anterior. A tele teve bom desempenho com banda larga fixa e móvel pós-pago, mas perdeu muitos clientes de TV por assinatura.

Resultados financeiros do 1° trimestre de 2021 da Claro

Veja os principais indicadores da Claro para o primeiro trimestre de 2021 e o comparativo com o ano anterior:

Indicador 1­° trimestre/2021 1­° trimestre/2020 Diferença
Receita líquida total R$ 9,82 bilhões R$ 9,85 bilhões -0,3%
Receita de serviços móveis R$ 4,17 bilhões R$ 3,96 bilhões +5,1%
Receita de serviços fixos R$ 5,25 bilhões R$ 5,50 bilhões -4,6%
EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) R$ 4,29 bilhões R$ 3,82 bilhões 5,2%

A Claro não é uma empresa de capital aberto no Brasil, e não divulga o lucro líquido ao mercado. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 5,2% no comparativo com o mesmo período do ano anterior.

Claro teve alta no móvel com crescimento do pós-pago

O segmento de telefonia celular teve resultados importantes para a Claro: além do aumento de 5,1% na receita, a empresa atingiu 30,2% na participação de mercado de celulares pós-pagos em fevereiro de 2021. A líder no segmento é a Vivo, que tem 39,1% dos clientes móveis com serviço por fatura.

O aumento de linhas pós-pagas é importante, uma vez que esse tipo de cliente possui maior gasto mensal com serviços de celular. Nos últimos doze meses, a Claro adicionou 11,4 milhões de linhas de móvel com fatura, alta de 19,4%. A operadora afirma que o crescimento impulsionado pelos novos planos com Netflix, Conmenbol e Claro Gaming.

Considerando o segmento pré-pago, a Claro registrou crescimento de 4,5% da base ativa. No total, a Claro encerrou o mês de março com 65,2 milhões de linhas móveis.

Vale lembrar que a Claro adquiriu parte da Oi Móvel em conjunto com TIM e Vivo; caso o negócio seja aprovado pela Anatel e Cade, a tele irá absorver 11,7 milhões de novos clientes.

Claro cresceu na banda larga, mas teve queda na receita

Os serviços fixos são os mais expressivos no balanço da Claro, e registraram queda de 4,6% no comparativo com o ano anterior. A operadora manteve sua liderança no segmento de internet fixa, e responde por 27,5% desse mercado.

Cable Modem da banda larga Claro NET Virtua. Foto: Lucas Braga/Tecnoblog

Modem de banda larga da Claro NET (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

Nos últimos 12 meses, a Claro adicionou 210 mil novos acessos de internet. A tele também registrou aumento na participação das conexões de ultra-banda larga (velocidades acima de 34 Mb/s), que possuem maior preço mensal.

Sua cobertura de rede fixa alcança 290 cidades brasileiras; a maioria dos municípios é atendido por cabo coaxial, enquanto 84 localidades são atendidas com fibra até a casa do cliente (FTTH).

Falando da fibra óptica, é importante lembrar que a Claro começou a trocar o cabo coaxial pela fibra óptica em São Paulo. A operadora diz que sua rede FTTH tem cobertura para 1,7 milhões de residências.

No segmento de TV por assinatura, a Claro perdeu cerca de 780 mil clientes entre fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021. Para evitar ainda mais perdas nesse setor, a companhia aposta no Claro Box TV, plataforma de IPTV que paga menos impostos, além de reforçar o posicionamento de produtos esportivos, como futebol e Fórmula 1.

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

Relacionados