TIM testa satélite de baixa órbita para levar 4G a áreas remotas

Operadora testa satélites de baixa órbita da Telesat para expandir 4G no Brasil; TIM revela latência média de 38 ms

Lucas Braga
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• Atualizado há 1 ano e 6 meses
Antena da TIM cobre trecho de estrada em General Salgado/SP (Imagem: Reprodução/TIM)
Antena da TIM conectada via satélite cobre trecho de estrada (Imagem: Reprodução/TIM)

A TIM e a empresa canadense Telesat anunciaram testes bem-sucedidos com a utilização de satélites de órbita terrestre baixa (LEO) para levar conexão 4G a áreas remotas. A operadora aposta na construção de antenas de celular com energia solar e rede de acesso via satélite para expandir a cobertura de celular no Brasil.

A tecnologia de satélites de órbita terrestre baixa da Telesat é a mesma utilizada pela Starlink, de Elon Musk. Dentre as vantagens dessa modalidade, destacam-se a maior velocidade de acesso e menor tempo de resposta (latência).

A TIM afirma que testou a rede 4G usando satélites LEO durante um período de cinco dias. Com uma antena Intellian que possui 85 cm de diâmetro foi possível obter latência média de apenas 38 ms na rede 4G — para efeito de comparação, um satélite geoestacionário convencional tem ping médio de 600 ms.

Com a baixa latência e alta velocidade, a TIM destacou que foi possível fazer streaming de vídeo pelo YouTube com resolução 1080p, videoconferência e ligações de voz no WhatsApp sem interferências, interrupções ou queda na qualidade.

A operadora não revelou quando utilizará os satélites da Telesat para construção de antenas 4G, mas enxerga potencial nessa modalidade para expandir a cobertura em áreas remotas.

TIM já usa satélites para cobertura 4G em locais isolados

A TIM se comprometeu a levar 4G para todos os municípios brasileiros até 2023, e também terá que cumprir metas da Anatel para construção de cobertura em algumas estradas e localidades remotas. No entanto, vários desses locais não têm infraestrutura disponível de energia ou backhaul (rede de acesso).

A operadora aposta no site unplugged para levar sinal de celular nessas regiões: a antena é alimentada por energia solar, que também tem baterias de lítio para continuar funcionando à noite ou nos momentos com baixa luminosidade. A comunicação da torre é feita através do satélite, dispensando construção de rede de fibra óptica ou link de microondas.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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