Correios têm receita anual estagnada, mas lucro dispara 1.400%

Correios registram 4º ano seguido de resultado positivo, após 4 anos no vermelho; estatal está na fila para a privatização

Ana Marques
Por
• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Correios (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Correios (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os Correios divulgaram o balanço financeiro referente ao ano de 2020 nesta quinta-feira (27), reportando lucro líquido de R$ 1,53 bilhão – o que representa um crescimento de 1.400% em relação ao ano anterior. Apesar da disparada, a empresa obteve apenas 1% de aumento na receita operacional, passando de R$ 19,8 bilhões para R$ 20 bilhões.

Segundo a estatal, o aumento do lucro está ligado à racionalização de custos e à aplicação de políticas de benefícios para empregados, como, por exemplo, a adequação de benefícios relativos ao plano de saúde. O Plano de Demissão Voluntária (PDV), aplicado em 2019, também teria contribuído para o resultado.

Com o lucro registrado em 2020, os Correios reduziram o prejuízo acumulado para R$ 859,1 milhões. Esse é o 4º ano consecutivo em que a estatal fecha no azul, após quatro anos de prejuízos.

A expansão do e-commerce no primeiro ano da pandemia de COVID-19 contribuiu para a alta de 9% na receita de encomendas. De acordo com a companhia, “as receitas internacionais, obtidas por meio de serviços prestados a outros Correios mundiais, ultrapassaram o marco de R$ 1,2 bilhão, nunca antes registrado no cenário de resultados da empresa”.

O EBITDA, isto é, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, registrado em 2020 foi de R$ 1,455 bilhão – aumento de 115% em relação a 2019. Os Correios também reportaram investimento de cerca de R$ 1,1 bilhão em projetos de modernização e otimização de produção/infraestrutura.

Correios entram em plano de privatização

Em abril, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que inclui os Correios no Programa Nacional de Desestatização (PND). O projeto ainda depende de aprovação na Câmara e no Senado do marco legal dos serviços postais, mas ganhou caráter de urgência.

O processo, que pode envolver venda direta, venda do controle majoritário ou abertura na bolsa de valores, ainda não teve seu modelo de desestatização detalhado – uma definição deve vir até agosto de 2021.

Com informações: Telesíntese e DOU

Receba mais sobre Correios na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Ana Marques

Ana Marques

Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

Relacionados