Samsung demonstra tela OLED esticável em monitor cardíaco

O objetivo da tela OLED esticável da Samsung é ficar no pulso e medir os batimentos cardíacos mesmo com o braço em movimento

André Fogaça
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Tela OLED esticável da Samsung (Imagem: Yeongjun Lee/SAIT)
Tela OLED esticável da Samsung (Imagem: Yeongjun Lee/SAIT)

A Samsung divulgou o desenvolvimento de uma tela esticável em forma de “pele eletrônica” para ser utilizada no braço de uma pessoa, enquanto faz a leitura de seus batimentos cardíacos. O display é feito de OLED e o sensor para a leitura em um único material, capaz de ser esticado em 30%, sem qualquer dano aparente para o produto.

Se você ficou animado com a notícia, calma. O desenvolvimento deste produto ainda está acontecendo dentro dos laboratórios do Samsung Advanced Institute of Technology, ou Instituto de Tecnologia Avançada da Samsung em tradução livre e ele está longe de ser um gadget na prateleira de uma loja.

Segundo a Samsung, o maior feito da equipe responsável pelo display é a capacidade de modificar a estrutura elástica da parte transparente, permitindo a instalação dos componentes para a tela OLED e o leitor de batimentos cardíacos, tudo em um só produto e este feito é inédito. A empresa notou que mesmo quando esticado, o conjunto não apresentava qualquer degradação de seu desempenho mesmo quando esticado em 30%.

O objetivo da capacidade elástica não é de sobreviver nas mãos de algumas pessoas mais desastradas, mas para funcionar perfeitamente no pulso enquanto o sensor faz a leitura dos dados e o display exibe a informação colhida. “Este teste também confirmou que o sensor e a tela OLED continuaram a funcionar de forma estável, mesmo depois de serem alongados 1.000 vezes”, comenta a nota divulgada pela Samsung e publicada na revista Science Advances.

Tela OLED esticável permite leituras cardíacas prolongadas

“Além disso, ao medir os sinais no pulso em movimento, o sensor detectou um sinal de batimento cardíaco 2,4 vezes mais forte do que seria captado em um sensor de silício fixo”, complementa a empresa coreana.

Sendo esticável, a Samsung acredita que o leitor de batimentos cardíacos pode ser utilizado em pessoas por longos períodos, sem a necessidade de remover o produto para dormir ou tornar o usuário mais atento ao diminuir movimentos naturais do pulso. “A tecnologia também pode ser expandida para uso em produtos para adultos, crianças e bebês, bem como pacientes em certas doenças”, diz a Samsung.

Mesmo quando esticado, o display OLED conta com todos os componentes com algumas propriedades elásticas, enquanto continua transmitindo energia elétrica para todo o sistema. Um elastômero é o principal responsável por tornar o produto maleável.

A pesquisa ainda está em um estágio inicial e o próximo objetivo da equipe é aumentar a resolução da tela OLED, tornar o conjunto ainda mais elástico e fazer o sensor medir as informações com maior precisão.

“Além do sensor de batimentos cardíacos que foi aplicado neste teste, planejamos incorporar sensores extensíveis e telas de alta resolução para permitir que usuários monitorem coisas como saturação de oxigênio, leituras de eletromiograma e pressão arterial”, diz Jong Won Chung, um dos autores da pesquisa.

Com informações: Samsung e Science Advances.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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