Escola de idiomas contrata startup para criar professores virtuais

De acordo com a Berlitz, o processo de implementação de instrutores virtuais para cursos online é mais vantajoso a longo prazo

Ana Marques
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

A escola de idiomas Berlitz fechou uma parceria com a startup Hour One para expandir a sua oferta de programas de treinamento online. Entretanto, em vez de contratar um verdadeiro exército de professores humanos para ministrar cada aula, a empresa está apostando em instrutores virtuais nesta nova empreitada.

Instrutores virtuais da Berlitz (Imagem: Divulgação)
Instrutores virtuais da Berlitz (Imagem: Divulgação)

Segundo a escola, é importante para os alunos ter uma experiência “concentrada no ser humano” para obter os melhores resultados em relação à fluência de um novo idioma. Portanto, apenas oferecer cursos online por meio de apresentações de texto, sem um instrutor, não seria o suficiente.

Inicialmente, a Berlitz produziu cursos com instrutores reais, filmados em um estúdio, mas o processo se mostrou altamente custoso e demorado. O uso de professores virtuais, segundo a companhia, é uma forma de “tornar o tempo do instrutor mais valioso”, além de manter uma identidade homogênea em todos os vídeos.

“Nossas experiências digitais tiveram que replicar a experiência da sala de aula. Fazer isso com sucesso significa que a Berlitz pode estender nosso alcance a novos mercados e ser mais acessível aos alunos, removendo barreiras de localização e acessibilidade”, afirmou Curt Uehlein, CEO da empresa.

Instrutores criados pela Hour One são altamente realistas

A escolha da Hour One foi devido à capacidade da startup em recriar a experiência do instrutor da forma mais realista possível. Os personagens produzidos pela companhia conseguem reproduzir expressões faciais e gestos de forma natural, além de terem uma fala perfeitamente sincronizada — o que é imprescindível para o ramo da Berlitz.

Com o uso de inteligência artificial, a escola de idiomas afirma produzir conteúdo em vídeo “de uma forma infinitamente escalável, consistente e econômica”. A empresa explicou, em nota, que até mesmo os processos de correção de vídeo, quando necessários, se tornam mais leves.

Em meio a tudo isso, não podemos deixar de questionar, é claro, qual é o futuro do ensino. Por um lado, diversas pessoas estão perdendo seus cargos e fontes de renda. Com custos mais baixos, a tendência é que mais empresas apostem em soluções como as oferecidas pela Hour One? Será que esses softwares serão o suficiente para uma experiência cativante a longo prazo? A situação acende um alerta e deixa muitas dúvidas — especialmente agora que tantas instituições puderam experimentar as aulas à distância durante a pandemia.

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Com informações: TechCrunch

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Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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