Tesla Full Self-Driving, que custava US$ 10 mil, vira assinatura mensal

Donos de veículos Tesla podem assinar o pacote de direção (quase) autônoma Full Self-Driving (FSD) por US$ 199 mensais

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Tesla em modo Full Self-Driving (Imagem: divulgação/Tesla)
Tesla em modo Full Self-Driving (Imagem: divulgação/Tesla)

Era dezembro de 2020 quando Elon Musk deixou claro que a Tesla iria oferecer uma assinatura mensal do Full Self-Driving (FSD), sistema de piloto automático dos veículos da marca. Depois de alguns adiamentos, o serviço foi finalmente anunciado: o plano passou a ser oferecido no último domingo (18), sem alarde, com preço oficial de US$ 199 por mês.

Até então, o FSD era vendido como um pacote de pagamento único, opção que continua sendo oferecida. O problema dela é o custo: US$ 10 mil. A assinatura aparece como alternativa para quem quer testar o sistema, mas não está disposto a pagar o preço cheio por isso.

Por que assinar o Full Self-Driving?

Ao contrário do que o nome sugere, o FSD não é um sistema de condução totalmente autônoma. Ainda não. O objetivo da Tesla é chegar a esse nível de sofisticação — que corresponde ao nível 5 da direção autônoma —, mas, mesmo na recém-lançada versão beta do Full Self-Driving 9.0, a presença de alguém no posto de motorista é obrigatória.

Em sua versão mais recente, o sistema pode estacionar o carro, manter o veículo na faixa durante o tráfego, respeitar os sinais do semáforo e usar os sensores para prevenir colisões, por exemplo.

Essas e outras funcionalidades exigem supervisão permanente do motorista, que deve assumir o controle do carro imediatamente se o FSD falhar em alguma tarefa ou colocar o veículo em situação de perigo. Está aí uma razão para alguém assinar o FSD em vez de comprá-lo: avaliar se o sistema vale a pena.

Se o proprietário de um Tesla concluir que o FSD não é vantajoso, pode simplesmente cancelar a assinatura. Também é possível reativá-la a qualquer momento. Isso pode ser útil, por exemplo, para quem quer usufruir do sistema apenas durante uma viagem.

Custo extra de US$ 1.500 para alguns proprietários

Se por um lado a assinatura do Full Self-Driving é bem-vinda, por outro, pode deixar alguns proprietários de veículos Tesla irritados. Para o FSD funcionar, é necessário que o carro tenha o kit de hardware Tesla HW3 (um computador de bordo, essencialmente).

Carros com mais de dois anos de fabricação podem precisar do kit. A atualização é oferecida sem custo adicional na opção de pagamento único do FSD (a que custa US$ 10 mil). Porém, no modelo de assinatura, o Tesla HW3 é vendido à parte pelo preço de US$ 1.500.

Ao menos a Tesla foi generosa com proprietários que compraram o agora descontinuado Enhanced Autopilot, pacote que inclui alguns recursos do Full Self-Driving. Para eles, a assinatura do FSD sai por US$ 99 mensais.

Com informações: Electrek.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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