Google vai ativar autenticação em duas etapas para mais 150 milhões este ano

Google quer desenvolver tecnologia para usuários "não dependerem tanto de senhas" e reconhece que autenticação de dois fatores "não é para todos"

Pedro Knoth
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
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Como parte do Mês de Cibersegurança, o Google disse em comunicado nesta terça-feira (5) que vai ativar a verificação de duas etapas (2FA) para 150 milhões de contas elegíveis de usuários até o final de 2022. Na nota de hoje, a empresa revelou o esforço para garantir mais segurança aos clientes junto às próximas medidas a serem tomadas sobre proteção contra invasões.

A publicação mais recente do Google sobre a autenticação de dois fatores não revela quantas contas já receberam o update de segurança em 2021. A empresa sequer confirmou quantos usuários já estão com esse mecanismo ativado. Antes, o buscador havia dito que tornaria a 2FA como login padrão para todos os acessos.

Google vai fornecer chaves de graça para 10 mil clientes

A empresa decidiu incluir uma série de contas dentro de seu plano de 2FA, ativando a verificação para quem não havia ativado o recurso.

Hoje, ao logar em uma conta de um aplicativo Google, como o Gmail, o usuário recebe uma notificação após inserir a senha correta. Essa notificação o leva ao 2FA do serviço. Uma tela aparece com todos os dados da pessoa e pergunta se é ela mesma quem está logando no dispositivo. Ela pode confirmar clicando no botão “sim”, ou inserindo manualmente uma chave de autenticação.

Até o final deste ano, o Google fará automaticamente esse procedimento para mais de 150 milhões de usuários. A companhia também afirma que está colaborando com entidades para gerar chaves de segurança de graça para 10 mil clientes com “altos-riscos” de serem invadidos.

Para que essas chaves fossem compatíveis em todos os dispositivos, o Google implementou a ferramenta para gerá-las direto no Android e no app do Google Smart Lock para iOS.

“2FA não é para todos”, diz Google

Além disso, o time de segurança do Google está trabalhando em soluções de longo prazo para que as pessoas não precisem memorizar senhas para cada site ou serviço que acessam:

“Nós também reconhecemos que as atuais opções de 2FA não são adequadas para todos, então estamos trabalhando em tecnologias que providenciam um meio de autenticação conveniente e seguro e que reduza a dependência de senhas no longo prazo.”

Por enquanto, as pessoas ainda se apoiam nas senhas. O Google diz que, em breve, o Chrome para iOS será capaz de gerar e armazenar uma senha segura em todos os apps do sistema operacional da Apple — no momento, é possível apenas programar o navegador para preencher automaticamente dados de cadastro.

No Android, o “menu de apps do Google” logo mais deve permitir que usuários “acessem todas as senhas salvas no Gerenciador de Senhas do Google”.

Recentemente, a empresa gerou polêmica por implementar na atualização mais recente do Chrome 94 o recurso Idle Detection API, que avisa quando o usuário está ocioso. Concorrentes criticaram a nova feature: a Mozilla, dona do Firefox, afirmou que a ferramenta põe em xeque a privacidade do usuário e pode facilitar a vigilância

Com informações: 9to5Google e Google

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Pedro Knoth

Pedro Knoth

Ex-autor

Pedro Knoth é jornalista e cursa pós-graduação em jornalismo investigativo pelo IDP, de Brasília. Foi autor no Tecnoblog cobrindo assuntos relacionados à legislação, empresas de tecnologia, dados e finanças entre 2021 e 2022. É usuário ávido de iPhone e Mac, e também estuda Python.

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