EA remove treinador de Madden NFL 22 após acusações de racismo e homofobia
Personagem baseado em Jon Gruden, ex-técnico do Las Vegas Riders, será trocado por um modelo genérico em uma atualização
A Electronic Arts removeu de Madden NFL 22 o ex-treinador do Las Vegas Raiders, Jon Gruden, após acusações de racismo e homofobia. A informação foi compartilhada no perfil oficial do game no Twitter com uma nota explicativa. Dentro do jogo, o personagem baseado em Gruden será trocado por um modelo genérico com outra aparência.

Na última segunda-feira (11), Gruden deixou seu posto como técnico dos Riders, devido a denúncias de má conduta entre colegas de trabalho. Segundo relatos, o treinador passou anos enviando e-mails frequentes com mensagens racistas, misóginas e homofóbicas.
Na mensagem no Twitter, publicada na última quarta-feira (13), a Electronic Arts disse que a remoção de Gruden aconteceu por causa do pedido de demissão do treinador e para “manter uma cultura de inclusão e equidade”. O comunicado na íntegra está logo abaixo:
“A EA Sports está comprometida em agir para manter uma cultura de inclusão e equidade. Devido às circunstâncias de renúncia de Jon Gruden, estamos tomando medidas para removê-lo de Madden NFL 22. Vamos substituí-lo por um personagem genérico em uma atualização do game nas próximas semanas”.
Electronic Arts, em tweet.
Madden NFL 22 é o título mais recente da franquia de games de futebol americano. Lançado em 20 de agosto deste ano, o jogo está disponível para PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S e Stadia.
Denúncias contra Jon Gruden vieram de e-mails vazados
As denúncias contra Jon Gruden surgiram após o vazamento de diversos e-mails enviados pelo treinador há cerca de 10 anos com comentários racistas, homofóbicos e misóginos. Em uma das mensagens, por exemplo, o técnico falava que o então presidente do Washington Football Team, DeMaurice Smith, tinha “lábios do tamanho de pneus Michelan”.
Gruden alegou que não havia sido racista no e-mail. Em outras mensagens, o técnico se refere ao atual comissário da National Football League (NFL), Roger Goodell, com termos homofóbicos. O treinador também trocou e-mails criticando as contratações de mulheres como juízas e os protestos a favor da igualdade racial durante o hino nacional.
Com informações: Engadget, Yahoo Sports.