MacBook Pro de 14″ aposenta Touch Bar e traz MagSafe de volta

MacBook Pro menor ganha tela maior de 14 polegadas, 120 Hz e mini-LED, chips M1 Pro e M1 Max atualizados de 10 núcleos, HDMI e MagSafe

Giovanni Santa Rosa
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• Atualizado há 7 meses
MacBook Pro de 14 e 16 polegadas (Imagem: Reprodução / Apple)
MacBook Pro de 14 e 16 polegadas (Imagem: Reprodução / Apple)

A Apple continua a reforma de sua linha de computadores, que vão aos poucos deixando de lado os processadores Intel para adotar o Apple Silicon. Depois da do M1 estreia no MacBook Air, no MacBook Pro de 13 polegadas e no MacMini, em 2020, um novo notebook foi apresentado nesta segunda-feira (18). Além de ganhar o M1 Pro e o M1 Max, os dois chips da nova geração, sua tela cresceu para 14 polegadas e ganhou a tecnologia mini-LED. E esse é só o começo das mudanças.

O fim da Touch Bar, a volta do MagSafe

O MacBook Pro de 14 polegadas também marca a aposentadoria da Touch Bar, a pequena tela sensível ao toque logo acima do teclado que prometia acrescentar funções úteis aos aplicativos. No lugar dela, está de volta a boa e velha linha de botões de função.

MacBook Pro agora tem teclas de função da altura do resto dos botões
MacBook Pro agora tem teclas de função da altura do resto dos botões (Imagem: Divulgação/Apple)

Sai a Touch Bar, volta o MagSafe: o nome, que já havia sido reabilitado no iPhone 12, também retorna aos notebooks, com um novo carregador magnético. Ele tem como grande vantagem conectar e desconectar com facilidade do aparelho — assim, se alguém tropeçar no fio, o laptop não vai para o chão. O modelo de 14 polegadas tem opções de adaptador de tomada de 67 W e de 96 W.

Conector MagSafe 3 é uma das novidades da linha MacBook Pro
Conector MagSafe 3 é uma das novidades da linha MacBook Pro (Imagem: Divulgação/Apple)

Outra novidade que deve agradar muita gente é que o laptop ganhou mais portas e conectores: tem uma HDMI, três USB-C/Thunderbolt e até um leitor de cartões SD. É possível conectar até dois monitores Pro Display XDR no modelo com o M1 Pro e três e uma TV 4K no modelo com M1 Max. Um ponto positivo na conectividade é a chegada do Wi-Fi 6.

E, na era das reuniões remotas, a câmera do MacBook Pro também ganhou um reforço: agora ela tem a resolução de 1080p.

Câmera do MacBook Pro de 14 polegadas fica em um notch e tem resolução de 1080p (Imagem: Reprodução/Apple)

MacBook Pro ganha tela com notch e maior resolução

O MacBook Pro de 14 polegadas também marca um novo design na linha, com laterais mais retas. A logomarca na moldura inferior da tela sumiu, o que permitiu que ela ocupasse a maior parte do espaço, de um jeito bem parecido com o iPad Pro. Até por isso, mesmo com o display maior, o notebook continua sendo bem compacto, com dimensões próximas ao modelo de 13 polegadas. E há um notch para abrigar a câmera.

A resolução também ficou maior: como já havia sido antecipado no código do macOS Monterey beta, a tela de 14 polegadas tem 3024 x 1964 pixels. A densidade também cresceu e foi de 226 ppi para 250 ppi. Isso foi possível, em parte, porque a Apple adotou a tecnologia mini-LED. Não é o primeiro produto da marca a contar com o recurso — o iPad Pro de 12,9 polegadas já tem um display desse tipo.

Além disso, a nova tela tem 120 Hz de frequência de atualização, o que deve melhorar a aparência dos gráficos. O recurso se adapta ao conteúdo que o usuário está visualizando, para economizar bateria.

Novo chip M1 Pro e mais núcleos na GPU

A Apple começou sua transição para processadores próprios com o M1, lançado no fim de 2020 e presente no MacBook Air, no Mac Mini, no MacBook Pro de 13 polegadas e no iMac de 24 polegadas. Agora é a vez da segunda geração.

Como grande novidade, ele vem com dez núcleos, sendo oito de alta performance e duas de economia de energia. Em comparação, o M1 tem oito núcleos, sendo quatro voltados para desempenho e quatro para eficiência. A promessa é de um desempenho de CPU 3,7 vezes maior que os modelos com Intel Core i7.

MacBook Pro de 14 polegadas é 3,7x mais rápido que modelo antigo com Intel Core i7 (Imagem: Reprodução / Apple)
MacBook Pro de 14 polegadas é 3,7x mais rápido que modelo antigo com Intel Core i7 (Imagem: Reprodução / Apple)

Esse desempenho parece ser especialmente importante para quem trabalha com foto, vídeo, animação ou imagens 3D. A título de exemplo, a Apple diz que o M1 Max é capaz de processar 30 trilhas de vídeo 4K ProRes ou sete 8K ProRes, a mesma coisa que um Mac Pro de 28 núcleos.

O desempenho terá o reforço de um novo design térmico, que garante uma circulação de ar 50% maior mesmo quando as ventoinhas estão em velocidade baixa. E apesar da potência, os novos chips prometem economia de energia, com a bateria durando até 21 horas longe da tomada. Em termos de reprodução de vídeo, ele dura 17 horas, e com a mesma bateria, é possível trabalhar o dobro de tempo no Adobe Lightroom Classic ou compilar quatro vezes mais código no Xcode.

O MacBook Pro de 14 polegadas também terá mais potência na unidade de processamento gráfico. O novo laptop tem versões com GPUs de 14, 16, 24 e 32 núcleos — as duas primeiras para o M1 Pro, as duas últimas para o M1 Max. Outra novidade está na RAM, que agora pode ter até 64 GB no M1 Max e 32 GB no M1 Pro.

Resumo das especificações dos novos MacBooks com chips M1 Pro e M1 Max (Imagem: Reprodução/Apple)
Qual é o preço do MacBook Pro de 14″?

O novo MacBook Pro de 14 polegadas com chips M1 Pro e M1 Max começa a ser vendido nesta segunda-feira (18) no exterior por a partir de US$ 1.999, e chegam às lojas em 26 de outubro.

No Brasil, os preços começam em R$ 26.999, mas a opção “Colocar na sacola” na loja virtual da Apple ainda não está habilitada. O valor pode chegar a R$ 78.298,80, com todas as opções máximas selecionadas.

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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