Mercado Livre segue passos da Amazon com venda de e-books e audiolivros

Mercado Livre fecha parceria para vender audiolivros e e-books da Tocalivros, em sua primeira experiência no mercado editorial digital

Giovanni Santa Rosa
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

O Mercado Livre já é uma das plataformas de e-commerce mais extensas do Brasil, e ele deve ficar ainda maior em breve: a companhia firmou uma parceria com a Tocalivros e deve começar a vender audiolivros e e-books. Os livros eletrônicos, aliás, são um território basicamente dominado por outra gigante do varejo: a Amazon e seu Kindle.

Caixa do Mercado Livre (Imagem: Divulgação/Mercado Livre)
Caixa do Mercado Livre (Imagem: Divulgação/Mercado Livre)

Como nota o Publishnews, é a primeira vez que o Mercado Livre entra no mercado de conteúdo editorial digital — antes, a atuação da empresa se dava basicamente no setor de livros físicos. Livrarias famosas como Saraiva e Leitura, aliás, estão dentro de seu marketplace. No início, serão 2,5 mil audiolivros e 20 mil e-books da toca-livros

A Tocalivros passou a vender e-books em setembro de 2020. Desde agosto, ela conta com uma parceria em que compartilha parte de seu acervo com a Storytel, empresa sueca que oferece assinaturas de e-books.

Eu comprei um e-book no site da Tocalivros para testar o serviço. É possível ler o conteúdo na web e no aplicativo, mas, por aqui, o livro que comprei não apareceu no celular. Por enquanto, não se sabe como ficará o processo de distribuição e acesso com os e-books e audiolivros vendidos no Mercado Livre.

Marcas próprias e logística

É praticamente impossível falar de e-books sem falar da Amazon. A varejista conta com o Kindle, que é provavelmente o leitor mais famoso do mercado, e com uma loja de livros digitais. Ela também tem o Audible, plataforma de audiolivros que, até o momento, ainda não está disponível no Brasil.

A entrada do Mercado Livre nesse setor marca mais uma tentativa da companhia argentina de ocupar espaços da gigante norte-americana.

Há quatro anos, a empresa passou a operar no Brasil com o modelo de fulfillment, assumindo a parte de logística dos produtos vendidos em seu marketplace e oferecendo serviços de armazenamento, embalagem e envio. A Amazon já fazia isso há tempos em outros países — naquela época, a companhia ainda tinha um catálogo bem mais limitado no Brasil, com foco nos livros e e-books.

Outro passo nessa direção foi o lançamento de linhas próprias em setores como vestuário, limpeza, ferramentas e itens para casa — ao todo, são sete marcas. A concorrente tem uma estratégia parecida em outros países, e produtos de selos como o Amazon Basics são destacados em seu e-commerce.

Com informações: Publishnews

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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