Blasphemous é um metroidvania sombrio com combate brutal e desafiador

Com gameplay desafiadora e enredo de alta qualidade, o metroidvania Blasphemous é o game indie recomendado desta semana

Murilo Tunholi
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Blasphemous (Imagem: Divulgação/Team17)

O Halloween está chegando e não há nada melhor que jogar um game de horror que dê aquele frio na espinha. Pensando nisso, vim recomendar um jogo independente fantástico que mistura ação brutal e desafiadora com uma atmosfera gótica e sombria: Blasphemous. Nas linhas a seguir, conto em detalhes a minha experiência com esse belíssimo metroidvania em 2D.

Blasphemous é brutal e angustiante na medida certa

  • Desenvolvedora: The Game Kitchen
  • Plataformas: PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC (Steam)

Produzido pelo estúdio espanhol The Game Kitchen, Blasphemous é um jogo de ação em plataformas de altíssima qualidade em gameplay, história, visual e trilha sonora. Contudo, o que realmente me fisgou foi o desafio brutal e a atmosfera gótica que tornam esse game único no meio de tantos “metroidvanias” e “souls-like” no mercado.

Antes de tudo, fica o aviso que Blasphemous é um jogo para quem curte dificuldade. A parte boa é que os desafios são honestos, sem mecânicas injustas que só existem para gerar estresse. Nas lutas contra chefes, em especial, consegui entender melhor as mecânicas depois de cada tentativa de forma natural, sem muitos problemas.

Blasphemous (Imagem: Divulgação/Team17)

O enredo de Blasphemous se passa em um reino religioso chamado Cvstodia, onde uma terrível maldição conhecida apenas como “O Milagre” transforma a dor das pessoas em criaturas que precisam encontrar a salvação. Você como jogador assume o papel do Penitente — sobrevivente do “Sofrimento Silencioso” e o único capaz de ajudar as almas atormentadas.

Para criar essa atmosfera sombria e melancólica, o game se baseia na arte gótica da Baixa Idade Média, muitas vezes vista em catedrais, principalmente na Europa. Blasphemous também se inspira na iconografia religiosa presente no catolicismo romano e nas igrejas clássicas da região da Andalucía, na Espanha.

Para completar o visual de horror, o título não economiza em execuções brutais e no qualidade de sangue que sai dos inimigos. Tudo isso é representado no jogo em um estilo retrô baseado em pixels, garantindo o visual único de Blasphemous.

Blasphemous (Imagem: Divulgação/Team17)

Na gameplay, o jogo mistura combates de ação em tempo real com elementos de exploração em mapas não lineares. Nas lutas, você vai depender muito de reflexos rápidos para desviar de golpes enquanto faz combos de ataques com sua Mea Culpa, uma espada criada a partir da próprio sentimento de culpa do Penitente.

Durante a jornada, o Penitente vai ficando cada vez mais forte conforme encontra Relíquias, Contas de Rosário, Orações e Corações de Espada para debloquear novas habilidade e recursos para a Mea Culpa. Com esses recursos, você pode customizar o personagem para adaptar o arsenal dele de acordo com o seu estilo de jogo.

Por mais que o combate seja bastante recompensador, Blasphemous sofre com alguns problemas na hora da gameplay em plataformas. Muitas vezes acabei morrendo ou fazendo algo que não queria por ter pisado em algum lugar que parecia sólido, mas eram apenas pixels vazios.

Blasphemous (Imagem: Divulgação/Team17)

É normal que Blasphemous seja comparado a Dark Souls por causa do combate e da dificuldade, e a Metroid e Castlevania devido à exploração do mapa. Na minha opinião, porém, fora uma mecânica e outra, Blasphemous consegue ser original e entregar uma experiência única. Vale a pena experimentar esse jogo e ver por conta própria.

Blasphemous está disponível para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC (Steam), com opção de legendas localizadas para português do Brasil. Vale mencionar que, em 2023, o jogo vai receber um segundo capítulo com história inédita e novos inimigos.

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Murilo Tunholi

Murilo Tunholi

Ex-autor

Jornalista, atua como repórter de videogames e tecnologia desde 2018. Tem experiência em analisar jogos e hardware, assim como em cobrir eventos e torneios de esports. Passou pela Editora Globo (TechTudo), Mosaico (Buscapé/Zoom) e no Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. É apaixonado por gastronomia, informática, música e Pokémon. Já cursou Química, mas pendurou o jaleco para realizar o sonho de trabalhar com games.

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