TSE pede ao Twitter dados de perfis que mentiram sobre urnas eletrônicas

O ministro Luis Felipe Salomão pediu que a rede social informasse dados de cadastro, incluindo IP, de usuários que iniciaram hashtags contra o sistema eleitoral brasileiro

Ana Marques
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• Atualizado há 2 anos
Tela de abertura do Twitter no celular.

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Felipe Salomão, deu um prazo de 15 dias para o Twitter informar dados de contas que espalharam fake news sobre o sistema eleitoral brasileiro na plataforma. A medida é um desdobramento do processo aberto em agosto para apurar ataques contra a urna eletrônica.

De acordo a reportagem publicada no g1, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral deu ao Twitter duas semanas para fornecer à Polícia Federal as informações cadastro, incluindo IP, de usuários que iniciaram hashtags relacionadas ao movimento contra as urnas e a democracia na plataforma.

Além disso, a empresa deve entregar uma planilha com nome do perfil, horário e conteúdo compartilhado com as hashtags atreladas às fake news, e informar como se deu a evolução das publicações com as hashtags em intervalos de 15 minutos.

TSE determinou bloqueio de monetização em agosto

No dia 16 de agosto, o ministro do TSE determinou que o Twitter, YouTube, Instagram e Facebook suspendessem receita para contas investigadas por disseminação de fake news sobre as urnas eletrônicas. A maioria era de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Além do prazo dado ao Twitter na segunda-feira (25), o corregedor-geral também pediu ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal (SFT), para compartilhar provas colhidas em apurações sobre atos antidemocráticos — a solicitação foi feita pela segunda vez.

Luis Felipe Salomão separou as linhas de investigação que carecem de maior apuração devido aos desdobramentos, como os ataques à Justiça Eleitoral em 7 de setembro e as transmissões ao vivo em redes sociais e plataformas online contra o sistema eleitoral realizadas por políticos, incluindo o Presidente da República.

O ministro afirma que o inquérito pode resultar em “futuras ações eleitorais relativas às Eleições 2022”, a depender do julgamento em andamento.

Com informações: g1, TSE

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Ana Marques

Ana Marques

Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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