Dispositivos para exame de coração feito em casa são homologados na Anatel

Aparelhos de startup israelita são usados para telemedicina e exames de coração, pulmão e garganta que podem ser feitos em casa

Pedro Knoth
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• Atualizado há 5 meses

Dois dispositivos usados para telemedicina e realização de exames médicos em casa foram aprovados na quarta-feira (10) pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Os aparelhos TytoHome e TytoPro Device G1, da startup israelita Tyto, permite que o usuário realize check-ups do coração, pulmão e garganta, além de medir a frequência cardíaca e a temperatura corporal.

Dispositivos da Tyto são usados para exames em casa

O dispositivos da Tyto são compatíveis com iPhone, iPad, iPad Mini, e Android, segundo documentos enviados pela empresa à Anatel. Ambos os aparelhos para fazer exames médicos em casa conversam até com o iPod Touch 6, ou o iPhone 5. O usuário pode emparelhar os gadgets para transmitir os dados e informações médicas dos check-ups.

Ainda segundo manuais enviados pela Tyto, os aparelhos vêm com uma série de acessórios usados por profissionais médicos — tanto nós do Tecnoblog quanto a Tyto aconselhamos que a pessoa procure assistência médica qualificada antes de ativar o “Dr. Google”.

Para começar, os dispositivos em si possuem uma tela de LCD, com porta USB-C, bateria recarregável, câmera e iluminação. O TytoHome e TytoPro têm sensores para acoplar alguns acessórios médicos. A caixa dos gadgets vem com um kit bem completo e que permite ao usuário examinar:

  • Ouvido — por meio de um otoscópio e com 20 espéculos auriculares descartáveis; dez para crianças e dez para adultos.
  • Coração e pulmão — com o uso de um estetoscópio.
  • Garganta — com um abaixador de língua e 20 lâminas de língua descartáveis; dez para crianças e dez para adultos.

Há também uma bandeja que vem com os dispositivos; ela funciona como um suporte para que a pessoa deixe qualquer acessório ao alcance enquanto realiza exames. Se você está preocupado em levar o TytoHome e TytoPro para casa de alguém que precise dar uma olhada na saúde, fique tranquilo: os dois gadgets vêm com um estojo que armazena os aparelhos médicos.

Tanto os exames quanto as consultas médicas feitas pelos aparelhos da Tyto podem ser feitas em dois tipos: identificando ou ocultando o nome do paciente que passa pelo procedimento.

Paciente pode fazer consultas de telemedicina

Os aparelhos podem ser usados para fazer consultas de telemedicina (Imagem: Reprodução/ Tecnoblog)

A startup israelita ressalta que o TytoHome e TytoPro funcionam junto com o TytoApp, desenvolvido para ser um hub do usuário para armazenar e trocar informações médicas.

Quando o paciente faz uma consulta ou exame em que pode ser identificado, o dispositivo tenta achá-lo com base nas informações correspondentes de login do TytoApp: nome, sobrenome e ID (sequência de números aleatória). Ao se encontrar na pesquisa, a pessoa pode adicionar seu próprio perfil na base de dados.

A plataforma também pode ser usada para telemedicina: o app conecta a pessoa ao médico por meio de ligações de vídeo e, caso o paciente tenha feito exames no hospital, ele pode receber os resultados. O software está disponível na Google Play Store e App Store.

Para usar o TytoHome e TytoPro, é necessário se conectar a uma rede Wi-Fi ou móvel. Então, o usuário deve emparelhar o dispositivo ao TytoApp. Um detalhe: se a pessoa faz qualquer alteração em sua rede, os gadgets médicos deixam de reconhecê-la, e será necessário refazer o processo.

Para emparelhar, basta o usuário ir ao TytoApp, na aba de “Pair Tyto Device” e pedir para que o celular gere um código QR. O leitor do TytoHome ou TytoPro deve ser usado para escanear a imagem. Uma mensagem deve confirmar o pareamento bem-sucedido, e um ícone de correntes interligadas deve aparecer no canto superior dos gadgets.

Após realizar qualquer tipo de consulta médica ou exame, é possível clicar em botão para salvar o histórico. Não há previsão do lançamento do TytoHome ou TytoPro Device G1 no Brasil, mas essa é uma das tecnologias que pode inclusive se beneficiar de uma conexão 5G — a telemedicina deve tirar vantagem das novas faixas de frequência.

Colaborou: Everton Favretto

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Pedro Knoth

Pedro Knoth

Ex-autor

Pedro Knoth é jornalista e cursa pós-graduação em jornalismo investigativo pelo IDP, de Brasília. Foi autor no Tecnoblog cobrindo assuntos relacionados à legislação, empresas de tecnologia, dados e finanças entre 2021 e 2022. É usuário ávido de iPhone e Mac, e também estuda Python.

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