Chip de celular ficará dentro do processador no futuro: conheça o iSIM

iSIM é uma evolução ao eSIM que libera mais espaço no interior de celulares e facilita a integração de redes móveis em mais dispositivos

Bruno Gall De Blasi
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Ativação do eSIM no iPhone (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Qualcomm anunciou, nesta terça-feira (18), o iSIM (Integrated SIM). Fruto de uma parceria entre a companhia, a Vodafone e a Thales, a tecnologia leva o chip de operadora (SIM) para dentro do processador e terá um funcionamento parecido com o eSIM. Assim, as fabricantes vão garantir mais espaço no interior dos celulares e também poderão levar as redes móveis para outros tipos de dispositivos.

A solução que se baseia na especificação ieUICC da GSMA visa incrementar as alternativas existentes para os chips de celular. Atualmente, donos de modelos mais recentes do iPhone e de alguns celulares Android podem ativar suas linhas telefônicas através do eSIM. Ou seja, a habilitação não depende apenas de um cartão SIM físico, já que todo esse processo pode ser realizado virtualmente pela operadora. 

A tecnologia garante algumas vantagens aos usuários. Com o eSIM, é possível habilitar o número principal virtualmente e usar a gaveta do chip físico para um cartão SIM de uma linha auxiliar. O mesmo pode ser feito durante uma viagem internacional, já que não vai ser preciso retirar o seu chip para colocar outro temporariamente enquanto o usuário estiver fora do Brasil, por exemplo.

O iSIM chega para incrementar a tecnologia. Não à toa, a Qualcomm diz que a novidade é uma “evolução significativa nas soluções eSIM existentes”. A companhia também destaca que a tecnologia oferece benefícios aos usuários e operadoras já que facilita a implementação de serviços móveis em outros dispositivos além do celular.

iSIM leva o chip de operadora para dentro do processador (Imagem: Reprodução/Qualcomm)
iSIM leva o chip de operadora para dentro do processador (Imagem: Reprodução/Qualcomm)

iSIM integra chip de operadora ao processador do celular

“A integração do iSIM diretamente no chipset também abrirá o caminho para que os serviços móveis sejam integrados a dispositivos além do celular, onde o espaço é um prêmio, levando a experiência móvel para laptops, tablets, plataformas de realidade virtual, dispositivos IoT, wearables e muito mais”, afirmaram.

A integração traz outras vantagens. Entre elas, está a simplificação e o aprimoramento na produção dos gadgets, já que, diferentemente do eSIM que requer um chip dedicado na placa lógica, o iSIM não ocupa espaço extra do smartphone, pois está dentro do processador. A alteração também é capaz de aproveitar a infraestrutura eSIM existente para fazer o provisionamento remoto pela operadora.

A tecnologia foi demonstrada na Europa em um Galaxy Z Flip 3 com Snapdragon 888 nos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Samsung. Segundo a Qualcomm, a exibição do conceito “ilustra a prontidão comercial e a eficiência da tecnologia trabalhando na infraestrutura existente, aproveitando os recursos avançados de rede da Vodafone”.

Mas não se sabe quando o iSIM chegará aos smartphones que estão nas prateleiras.

Com informações: Qualcomm

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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