Google Pay deve ganhar suporte a bitcoin e mais criptomoedas, sugere executivo

Google Pay está de olho em criptomoedas e também pode ter suporte a ingressos, passagens de avião e passaportes de vacina

Giovanni Santa Rosa
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Google Pay (imagem: Divulgação)

Lançado em 2015, o Google Pay ainda não deslanchou com se esperava. A empresa pretende variar a utilidade do aplicativo para atrair mais usuários. A ideia é abrir a carteira digital para outros fins, como criptomoedas, cartões de fidelidade e passaportes de vacina.

Os planos foram revelados por Bill Ready, presidente de comércio do Google, em entrevista para a Bloomberg. “Nós prestamos muita atenção nas criptomoedas”, disse ele. “À medida que a demanda de usuários e comerciantes crescer, vamos seguir essa evolução.”

Atualmente, é possível colocar criptomoedas em cartões digitais que ficam no Google Pay. A empresa tem parcerias com a Coinbase e com a BitPay. Porém, ainda não é possível usá-las para pagamentos presenciais.

As mudanças começam com a chegada de Arnold Goldberg para a divisão de pagamentos do Google. Goldberg já trabalhou no PayPal, onde comandava o setor de comércio. Na nova empresa, ficará como vice-presidente e diretor-geral para pagamentos e iniciativas para mercados emergentes.

Google Pay não quer ser banco

Além das criptomoedas, o Google pretende preparar o aplicativo do Google Pay para que ele armazene não apenas cartões de crédito e débito, mas também passaportes de vacina, passagens aéreas e ingressos.

Não é a primeira vez que a empresa muda o curso do aplicativo. Em novembro de 2020, o Google Wallet passou a se chamar Google Pay, com foco em transferências para amigos e pagamentos em estabelecimentos.

Conta Plex (Imagem: Reprodução/Google)
Conta Plex (Imagem: Reprodução/Google)

O serviço chegou a oferecer até mesmo uma conta digital, a Plex. Disponível apenas nos EUA, ela prometia facilitar o gerenciamento de dinheiro com organização automática e funções de busca. O produto não chegou a durar nem mesmo um ano, sendo encerrado em outubro de 2021.

“Não somos um banco nem temos intenção de ser”, disse Ready em uma entrevista. “Algumas iniciativas passadas às vezes entraram sem querer nesses setores.”

Serviço não emplaca

Estimativas de 2020 apontavam que o Google Pay tinha apenas 4% do mercado de pagamentos por aproximação nos EUA. A empresa sofre com a concorrência mesmo dentro do ecossistema Android — a Samsung tem seu Samsung Pay, para ficar só com um exemplo.

A tentativa de transformar o Google Pay em um produto mais abrangente tem seus motivos, portanto. Além disso, a companhia deixou de cobrar comissões em seu serviço de shopping e também não fica com nenhuma taxa nos pagamentos digitais. A ideia é agregar valor para os usuários e mantê-los dentro dos serviços de busca do Google.

Com informações: Bloomberg, Android Central.

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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