Desmanche do iPhone SE (2022) mostra bateria maior e difícil de trocar

Bateria do iPhone SE (2022) é 10% maior que a do modelo de 2020; bateria grudada e componentes conectados em conjunto dificultam reparos

Giovanni Santa Rosa
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Partes internas do iPhone SE (2022)

O iPhone SE de 2022 é praticamente o mesmo iPhone 8 de 2017 por fora. Em seu interior, porém, existem algumas diferenças importantes, como uma bateria 10% maior. É o que se descobriu ao desmanchar o aparelho. Além disso, ele não é muito bom na hora de consertar, não.

O desmanche foi feito pelo canal de YouTube PBKreviews. Para chegar na bateria, é preciso aquecer a tela para soltar a cola e, depois, com o auxílio de uma ventosa, separar lentamente a peça do aparelho usando uma palheta de plástico.

Depois, é hora de soltar sete parafusos para remover as placas de metal. Por fim, o cabo flex da bateria pode ser finalmente desconectado, permitindo que os outros componentes também sejam desligados.

Aí a coisa fica um pouco mais complicada. A bateria tem duas abas de puxar em cada uma das extremidades. Elas removem a cola que está por baixo. No vídeo, não foi possível soltá-la depois disso, e um pouco de álcool isopropílico precisou ser aplicado para dissolver o material adesivo.

Bateria do iPhone SE (2022) é maior

Uma boa notícia para quem gosta da versão de entrada do iPhone é que a bateria agora tem mais capacidade. No total, ela suporta 2.018 mAh de energia. Isso é cerca de 10% a mais que o modelo anterior, que comportava 1.821 mAh.

O novo iPhone SE vem com o chip A15 Bionic do iPhone 13, o que inclui o suporte ao 5G. Esse pode ser um dos motivos para a Apple ter aumentado a capacidade da bateria, já que o novo padrão de internet móvel pode gastar mais energia.

É interessante notar que as dimensões da bateria como um todo não mudaram. A parte de chips parece ter sido reduzida para aumentar a célula, mas isso não interferiu no tamanho total do componente.

Mesmo assim, não dá para instalar a bateria nova no modelo antigo. A Apple mudou os conectores, tornando o encaixe impossível.

Troca de componentes nem sempre funciona

Outro teste feito pelo canal foi colocar a tela de um modelo de 2020 no iPhone SE de 2022. Elas têm o mesmo tamanho e a mesma resolução, e a conexão é possível. O problema é a sensibilidade ao toque, que para de funcionar.

Também há diferenças entre a parte de trás da tela, como parafusos e formato das placas de metal, o que impede que uma se encaixe perfeitamente no outro modelo.

Aparelho é difícil de consertar

O canal PBKreviews deu nota 5,5 de 10 pontos possíveis para a possibilidade de conserto do iPhone SE (2022).

Nos cinco quesitos, o aparelho só tirou nota máxima em disponibilidade de peças, que avalia se é fácil ou não encontrar componentes para trocar. A troca da tela recebeu nota 1,5 de 2 pontos possíveis.

Nos outros itens, ele não foi tão bem. A substituição da bateria recebeu nota 1 de 2, já que desgrudá-la não é tão fácil.

Já o design do aparelho e a troca de outras peças receberam 0,5 de 2 cada — o aparelho é cheio de parafusos e que vários componentes estão conectados juntos, dificultando a troca de cada um deles individualmente.

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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