Netflix muda preços nos EUA e fica mais cara que rivais, tal como no Brasil

Após novo reajuste de preço, Netflix se torna a plataforma de streaming mais cara dos EUA, com planos custando até US$ 20 por mês

Murilo Tunholi
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Netflix na TV (Imagem: David Balev/Unsplash)

A Netflix anunciou, nesta sexta-feira (25), mais um reajuste de preço na assinatura. Em média, os três planos do serviço ficaram entre US$ 1 e US$ 2 mais caros, nos Estados Unidos. Apesar de parecer pouco, o aumento fez a Netflix se tornar a plataforma de streaming mais cara do país, assim como acontece no Brasil.

O reajuste nos preços da Netflix está sendo aplicado aos poucos nos perfis dos estadunidenses, começando hoje. Esse aumento já estava programado para acontecer desde janeiro deste ano, com mudanças nos custos de todos os três planos disponíveis: básico, padrão e premium (4K).

Após a alteração nos preços, a assinatura da Netflix passa a custar:

  • US$ 9,99 no plano básico — era US$ 8,99;
  • US$ 15,49 no plano padrão — era US$ 13,99;
  • US$ 19,99 no plano premium — era US$ 17,99.

Com isso, a Netflix se tornou o serviço de streaming mais caro dos EUA, ultrapassando todos os rivais. Vale destacar que, apesar da HBO Max também custar US$ 9,99 no plano com anúncios, a plataforma oferece conteúdos em 4K, sem a necessidade de pagar mais dinheiro por isso.

Por outro lado, o plano básico da Netflix é o mais limitado entre todos os serviços de streaming do mundo. Além de só permitir a reprodução em uma tela por vez, a configuração não mostra conteúdos nem em resolução HD, exibindo filmes e sérias apenas em 480p.

Enquanto isso, ouras plataformas como Disney+, Hulu, Star+, Amazon Prime Video, HBO Max, Paramount+ e Apple TV+ não cobram preços diferentes para oferecer conteúdos em alta qualidade. Ao comparar os planos padrão e premium da Netflix com as assinaturas dos demais serviços, a diferença de preço é ainda maior.

Na tabela a seguir — elaborada pelo Tecnoblog —, você pode ver os preços dos principais serviços de streaming nos EUA e no Brasil. Em ambos os países, a Netflix é a plataforma mais cara de todas nos planos padrão e premium:

StreamingPreços nos EUAPreços no Brasil
Netflix• Básico: US$ 9,99 por mês
• Padrão: US$ 15,49 por mês
• Premium: US$ 19,99 por mês
• Básico: R$ 25,90 por mês
• Padrão: R$ 39,90 por mês
• Premium: R$ 55,90 por mês
Disney+US$ 7,99 por mêsR$ 27,90 por mês
Hulu / Star+• Hulu com anúncios: US$ 6,99 por mês
• Hulu sem anúncios: US$ 12,99 por mês
• Star+: R$ 32,90 por mês
Amazon Prime Video• só Prime Video: US$ 8,99 por mês
• Amazon Prime completo: US$ 14,99 por mês
• Amazon Prime com Prime Video: R$ 9,90 por mês
HBO Max• com anúncios: US$ 9,99 por mês
• sem anúncios: US$ 14,99 por mês
• Mobile: R$ 19,90 por mês
• Multitelas: R$ 27,90 por mês
Paramount+• com anúncios: US$ 4,99 por mês
• sem anúncios: US$ 9,99 por mês
R$ 19,90 por mês
Discovery+• com anúncios: US$ 4,99 por mês
• sem anúncios: US$ 6,99 por mês
R$ 21,90 por mês
Apple TV+US$ 4,99 por mêsR$ 9,90 por mês
Peacock• Premium (com anúncios): US$ 4,99 por mês
• Premium Plus (sem anúncios): US$ 9,99 por mês

Vale mencionar que o plano básico da Netflix não sofria alteração nos EUA desde 2019. As outras duas categorias — padrão e premium — ficaram mais caras pela última vez em outubro de 2020.

Netflix deve aumentar os preços anualmente

Esses reajustes de preço devem continuar acontecendo anualmente, conforme a plataforma cresce em conteúdo. Além de produzir séries e filmes cada vez mais caros, a Netflix está investindo no desenvolvimento de jogos por streaming com a compra de estúdios de games.

Para aumentar ainda mais os lucros, a plataforma quer até mesmo combater clientes que dividem senha. Para isso, a Netflix vai testar a aplicação de uma taxa adicional para o compartilhamento de contas com pessoas que não vivem no mesmo endereço.

Por enquanto, não há previsão para um possível reajuste de preços no Brasil. A Netflix calcula o custo das assinaturas conforme as condições locais do mercado. Entretanto, apesar de não estar programado para acontecer agora, um aumento de preços pode, sim, chegar aos brasileiros, no futuro.

Com informações: The Verge, 9to5Mac.

Colaborou: Felipe Ventura

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Murilo Tunholi

Murilo Tunholi

Ex-autor

Jornalista, atua como repórter de videogames e tecnologia desde 2018. Tem experiência em analisar jogos e hardware, assim como em cobrir eventos e torneios de esports. Passou pela Editora Globo (TechTudo), Mosaico (Buscapé/Zoom) e no Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. É apaixonado por gastronomia, informática, música e Pokémon. Já cursou Química, mas pendurou o jaleco para realizar o sonho de trabalhar com games.

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