Cão-robô protege ruínas da Roma Antiga contra ladrões de relíquias

Usado para navegar pelas ruínas e túneis de Pompeia, Spot consegue proteger cidade da Roma Antiga contra ladrões, e faz maquetes 3D utilizando sensores

Pedro Knoth
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Um robô capaz de monitorar um dos maiores patrimônios históricos da Roma Antiga para buscar sinais de vandalismo ou depredação — talvez essa seja uma contribuição que aumentará, no futuro, para guardar tesouros do passado. Mas Spot, o “cão” tecnológico da Boston Dynamics, já faz patrulhas pelas ruínas de Pompeia sem pestanejar, protegendo o sítio arqueológico na base do Monte Vesúvio, na Itália, de ladrões de relíquias.

O Spot foi desenvolvido para patrulhar as ruínas de Pompeia dia e noite, e protegê-las de pessoas “mal-intencionadas”. Apesar dos sítios arqueológicos mais antigos terem sido inaugurados em 1592, as ruínas da cidade romana encoberta pela erupção do Vesúvio foram interditadas em 1960 devido à depredação causada pela interferência humana. Atualmente, só é possível realizar escavações de menor escala no local.

Novas descobertas continuam sendo feitas à medida que pesquisadores se debruçam sobre as ruínas de Pompeia, mas isso abre margem para que ladrões tentem saquear tesouros ou outros artefatos de valor; e é aí que entra o Spot.

Um ser humano não navega pelas ruínas de Pompeia facilmente. Além de cobrirem uma área de 400 mil metros quadrados, guardas precisariam patrulhar túneis no subsolo — inclusive os mais instáveis, cavados por ladrões. O robô-cão da Boston Dynamics consegue andar por Pompeia mais facilmente, mesmo à frente de um relevo desfavorável ou um ambiente claustrofóbico e perigoso.

Em vídeo, vemos a proeza do Spot ao andar pela villa arruinada de Pompeia. O robô consegue fazer ajustes precisos na direção ao navegar por ambientes pequenos, tem uma câmera com luz para auxiliar em patrulhas noturnas e capaz de virar 360º. Por causa de suas quatro patas, ele também pode entrar nos pequenos túneis com facilidade.

Robô-cão cria modelo 3D de Pompeia

As câmeras e sensores do robô-cão não são apenas para pegar ladrões de relíquias. Graças à sua tecnologia, o Spot também pode ajudar arqueólogos a avaliarem o estado das escavações e ruínas de Pompeia.

Os dados coletados pelo “cachorro” altamente tecnológico da Boston Dynamics reforçam a segurança das escavações — afinal, o olho humano não consegue detectar pequenas mudanças que podem levar uma estrutura a colapsar, por exemplo.

Já com o uso dos sensores, o Spot pode criar maquetes 3D de Pompeia aproveitando dados de patrulhas feitas pelas ruínas.

Essas projeções podem ser analisadas por estudiosos que estão nem sequer próximos à cidade arruinada pela erupção do Vesúvio. Ou seja, pesquisadores do mundo inteiro podem se beneficiar do trabalho nobre do Spot.

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Pedro Knoth

Pedro Knoth

Ex-autor

Pedro Knoth é jornalista e cursa pós-graduação em jornalismo investigativo pelo IDP, de Brasília. Foi autor no Tecnoblog cobrindo assuntos relacionados à legislação, empresas de tecnologia, dados e finanças entre 2021 e 2022. É usuário ávido de iPhone e Mac, e também estuda Python.

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