Site popular para baixar músicas do YouTube entra na mira de gravadoras

Com mais de 60 milhões de visitas por mês, site de download de músicas do YouTube vira alvo da associação que representa gravadoras nos EUA

Murilo Tunholi
Por
YouTube (Imagem: Christian Wiediger/ Unsplash)

Os sites para baixar músicas do YouTube são alvos recorrentes de reivindicações de direitos autorais e processos judiciais. Recentemente, a associação que representa as gravadoras dos EUA começou a caçar mais dois portais de download — sendo um deles muito popular, com cerca de 60 milhões de visitas mensais. A ideia é encontrar os donos dos serviços e exigir o desligamento dos domínios.

Antes de recorrer à Justiça, a Recording Industry Association of America (RIAA) solicitou ajuda à Cloudflare — serviço de distribuição de conteúdo na internet — para localizar os donos de dois grandes sites que permitem o download de músicas do YouTube: mp3download e 320ytmp3.

Enquanto o mp3download registra humildes seis milhões de visitas mensais, no máximo, o 320ytmp3 recebe mais de 60 milhões de usuários todos os meses. A popularidade do site preocupa a RIAA, pois todas essas pessoas deixam de pagar pelas músicas para baixá-las do YouTube.

Em um e-mail enviado à Cloudflare no dia 29 de março, a associação afirmou que os portais haviam violado diversos direitos autorais e precisavam ser desativados. Um trecho da mensagem dizia o seguinte:

“Acreditamos de boa fé que esta atividade não é autorizada pelo proprietário dos direitos autorais, seu agente ou pela lei. Afirmamos que as informações contidas nesta notificação são precisas, com base nos dados disponíveis para nós”.

Recording Industry Association of America.

Cloudflare é obrigada pela Justiça a fornecer dados

A Cloudflare não costuma revelar dados de seus clientes com simples solicitações via e-mail. Pensando nisso, a RIAA acionou o Digital Millennium Copyright Act (DMCA) contra os sites de download, alegando violação de direitos autorais.

No processo judicial movido no Tribunal da Califórnia, a RIAA pediu não só que os portais fossem notificados, como também exigiu que a Cloudflare liberasse os dados dos donos dos sites, como nomes completos, endereços de IP, telefones, e-mails e informações financeiras.

Não demorou para a Justiça dos EUA aceitar a solicitação. Agora, a Cloudflare é obrigada a revelar todos os dados que possuir sobre os responsáveis pelos sites de download. Contudo, ainda não se sabe quais informações o serviço tem para compartilhar.

No futuro, é provável que a RIAA exija ao Google a remoção dos links para os sites dos resultados de pesquisas. Por enquanto, os portais permanecem ativos.

Com informações: Torrent Freak.

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Murilo Tunholi

Murilo Tunholi

Ex-autor

Jornalista, atua como repórter de videogames e tecnologia desde 2018. Tem experiência em analisar jogos e hardware, assim como em cobrir eventos e torneios de esports. Passou pela Editora Globo (TechTudo), Mosaico (Buscapé/Zoom) e no Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. É apaixonado por gastronomia, informática, música e Pokémon. Já cursou Química, mas pendurou o jaleco para realizar o sonho de trabalhar com games.

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