Usuários do Windows 11 detonam vídeo que mostra criação do menu Iniciar

Equipe da Microsoft diz que menu Iniciar foi feito com base no que os usuários queriam; vídeo vem recebendo comentários negativos

Giovanni Santa Rosa
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Notebook com Windows 11 (imagem: divulgação/Microsoft)
Notebook com Windows 11 (imagem: divulgação/Microsoft)

Meses depois do lançamento, o Windows 11 ainda está longe de agradar todo mundo — e quem não gostou faz questão de dizer isso. A Microsoft publicou um vídeo em que a equipe por trás do novo menu Iniciar diz ter ouvido o feedback dos usuários para chegar a um consenso. Só que os próprios usuários discordam.

O vídeo se chama “Veja cenas dos bastidores da história de como fizemos o Menu Iniciar”. A peça traz declarações da equipe responsável por criar essa parte do sistema. Todas as falas são em um mesmo sentido: entender as necessidades e preferências dos usuários.

Uma das pesquisadoras chega a dizer que é fácil fazer alguma coisa que você mesmo goste, mas não é isso que os consumidores procuram.

Entre as questões, estavam o posicionamento do botão do menu (centralizado ou à esquerda) e os recursos que ele teria ou não, como previsão do tempo (que acabou em outro lugar da barra de tarefas).

O vídeo de bastidores do Windows 11 não chega a ser novo — é de 28 de junho de 2021 —, mas parece ter sido “descoberto” recentemente. Dos cerca de 600 comentários, grande parte foi postada nos últimos quatro dias, e praticamente todos são negativos.

“Isso tudo é mentira. Este menu Iniciar foi feito para aparelhos baratos com Windows 10X”, diz um. “Eis um perfeito exemplo do motivo para o YouTube tirar o botão dislike: proteger este tipo de vídeo corporativo”, escreveu outro.

Alguns foram mais irônicos. “O Windows 11 é ótimo! Ele me fez perceber como é fácil e gratificante mudar para o Linux”, brinca um comentarista. “Foi a Apple que fez isso, né?”, dispara outro.

Menu Iniciar do Windows 11 é mais simples e limitado

Assim como outras partes da interface, o menu Iniciar foi totalmente remodelado no Windows 11, deixando de lado o legado de versões passadas.

No caso, ele apresenta uma lista de ícones de programas usados recentemente e outra de recomendações de arquivos, além de uma barra de busca no topo. As duas listas podem ser expandidas para ver mais itens.

Menu Iniciar e barra de tarefas do Windows 11 (imagem: reprodução/Microsoft Design)
Menu Iniciar e barra de tarefas do Windows 11 (imagem: reprodução/Microsoft Design)

Uma das críticas é a falta de possibilidades de personalização. O menu Iniciar do Windows 10 era baseado nas tiles, ícones quadrados ou retangulares em várias opções de tamanho, que exibiam diversas informações de cada app — uma ideia, aliás, que parece ter inspirado os Widgets do iOS 14 da Apple.

Já o Iniciar do Windows 11 é bem mais limitado nesse aspecto. É possível fixar aplicativos e movê-los para o topo da lista, mas é só isso mesmo. Em breve, ele deve receber pastas para agrupar apps, como já acontece em sistemas móveis.

Este não é o único recurso do sistema que foi recebido com críticas. A barra de tarefas também teve uma repercussão negativa por não permitir mais que arquivos sejam arrastados até o programa que o usuário deseja usar para abri-los

Com informações: Windows Latest.

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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