Governo anuncia perfis provisórios em redes sociais até as Eleições 2022

Perfis oficiais do governo no Instagram, Twitter, Facebook e YouTube serão substituídos temporariamente para evitar problemas com a legislação eleitoral

Giovanni Santa Rosa
Por
Palácio do Planalto

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (29) que suspenderá as atividades em suas contas oficiais de redes sociais até as Eleições 2022. Durante o período, a administração usará perfis provisórios, criados especialmente para este fim. As incertezas em relação a interpretações judiciais são apontadas como um dos motivos para a medida.

A legislação eleitoral veda propaganda de ações institucionais do poder público nos três meses que antecedem o pleito.

Em comunicado divulgado no Twitter, o Planalto diz que as redes serão temporariamente substituídas entre 2 de julho e o término das Eleições de 2022. Após este período, elas serão reativadas.

Nos novos perfis, segundo o texto, “serão publicados apenas conteúdos inequivocamente de acordo com a legislação eleitoral”.

Segundo o jornal Metrópoles, os comentários serão moderados para evitar propagandas neste espaço. Campanhas autorizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como a de vacinação, continuam liberadas.

O perfil institucional do governo no Twitter divulgou as novas contas:

Por enquanto, nenhum ganhou o selo de perfil verificado das respectivas plataformas.

Governo tem dúvidas e incertezas

O Planalto considera que há “um enorme grau de incertezas” decorrentes das várias interpretações judiciais. O órgão menciona, por exemplo, dúvidas sobre publicações antigas, realizadas antes do período eleitoral.

Para tomar essa decisão, o Planalto consultou o departamento jurídico da Presidência da República, a Advocacia Geral da União (AGU) e a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom).

A precaução vai além do Planalto. Em ofício enviado para ministérios, secretarias, Casa Civil, Vice-Presidência e instituições vinculadas, o governo sugere que perfis nas redes sociais sejam ocultados até o fim das Eleições 2022. A orientação é a mesma: criar contas temporárias para o período.

A prática de não atualizar ou até mesmo desativar redes sociais no período eleitoral não é nova. Notícias de 2018 e 2020, por exemplo, mostram como prefeituras, governos estaduais e órgãos da administração federal alteraram sites, deixaram de publicar conteúdos ou suspenderam o uso de mídias sociais.

Com informações: Poder 360, Metrópoles.

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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