Google Pixel 6a é desbloqueado com impressão digital de outra pessoa

Usuários relatam falha que permite desbloquear o celular com outras digitais; Google Pixel 6a tem sensor posicionado sob a tela

Bruno Gall De Blasi
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Google Pixel 6a (Imagem: Divulgação/Google)

Assim como outros celulares Android, o Google Pixel 6a possui um leitor de impressões digitais sob a tela. O novo smartphone do Google, no entanto, está sendo desbloqueado com a biometria de outras pessoas, sem se restringir à digital do proprietário do smartphone. É o que relatam alguns usuários no Reddit e no YouTube.

O caso atinge um dos principais elementos de segurança do smartphone. Em 30 de julho, um usuário reportou pelo Reddit que conseguiu desbloquear a tela usando um dedo que não foi registrado:

“Eu escaneei meus dois polegares para que eu possa desbloquear meu telefone com a mão direita ou esquerda. No entanto, meu telefone estava na minha mesa e decidi desbloqueá-lo”, relatou o usuário da rede social. “Acidentalmente, eu usei o meu dedo indicador e o pressionei no pequeno ícone de impressão digital na tela de bloqueio. E funcionou.”

Mas este não foi o único caso. Em resposta, uma outra pessoa afirmou que a sua esposa conseguiu desbloquear o celular na terceira tentativa. “Eu consigo desbloquear o Pixel 6a do meu amigo mesmo que minha impressão digital não esteja registrada”, expôs mais um usuário no tópico.

“Minha esposa tem os seus polegares registrados no seu Pixel 6a, e apenas esses dois, mas eu posso desbloqueá-lo com um dos meus”, disse mais uma pessoa no Reddit.

Sensor reconhece digitais que não foram registradas

A falha também foi demonstrada pelo canal do YouTube Geekyranjit. Em um vídeo, o apresentador conseguiu desbloquear o Pixel 6a com o polegar esquerdo, sendo que ele registrou apenas o polegar direito. Mas, ao testar com a sua esposa e sua filha, o celular solicitou a senha ao usar o sensor.

Um dos relatos mais recentes parte da CNBC. Na sexta-feira (26), o jornalista Jordan Novet relatou que um amigo conseguiu desbloquear o seu celular. E isto não aconteceu não apenas uma ou duas vezes: “ele fez isso de novo e de novo, surpreendendo nossos amigos”, relatou o repórter. “Felizmente, ninguém mais poderia desbloquear meu telefone”.

Falha não afetou todas as unidades do Google Pixel 6a

Apesar dos relatos, não são todas as unidades que foram atingidas pelo incidente. No fim de julho, o 9to5Google testou a falha em quatro unidades do Google Pixel 6a, mas não conseguiu replicar o bug. Porém, ainda não está claro, até o momento, se o problema está relacionado ao software ou ao hardware do celular.

Todavia, trata-se de um episódio preocupante. Mesmo que o percentual de usuários atingidos não seja muito alto, esta falha abre um procedente para quase qualquer pessoa ter acesso ao seu celular. Além disso, nunca presenciei algo do tipo quando tive um Galaxy S10+ e usei outros celulares com leitor de digitais sob a tela.

Preço do Google Pixel 6a
Pixel 6a chegou nos Estados Unidos com o preço sugerido de US$ 449 (Imagem: Reprodução/Google)

O que diz o Google?

Procurado pela CNBC, um porta-voz do Google afirmou que o sensor foi testado para se adequar aos padrões de segurança da indústria. Nas análises, a companhia notou que a “probabilidade de uma correspondência de impressão digital não verificada é de 1 em 50.000 tentativas”. Mas a empresa não explicou o que está por trás das falhas relatadas pelos usuários.

“Fazemos melhorias contínuas em nosso desempenho, estabilidade e confiabilidade de impressões digitais, e os usuários devem garantir que estejam executando a versão mais recente do Android 13”, concluiu o porta-voz.

Vale lembrar que o Google Pixel 6a, que foi anunciado durante o Google I/O 2022, não está à venda no Brasil. O preço sugerido do smartphone nos Estados Unidos é de US$ 449 (cerca de R$ 2.285 em conversão direta).

Com informações: 9to5GoogleCNBC e Reddit

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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