5G além das capitais: Anatel libera limpeza de frequência em 500 cidades

Medida pode antecipar a chegada do 5G puro a municípios menores; quem assiste à TV aberta por uma antena parabólica precisa adaptar equipamentos

Yan Avelino
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5G (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Nesta semana, o Gaispi, grupo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), autorizou a limpeza do espectro 3,5 GHz, essencial para a implementação do 5G puro no Brasil. De acordo com o Ministério das Comunicações (MCom), a medida beneficiará regiões metropolitanas de capitais e no entorno das cidades com mais de 500 mil habitantes.

Essa limpeza do espectro, segundo a Agência, será fruto dos ganhos logísticos obtidos diante da distribuição e da instalação dos kits de recepção de sinal.

Isso, segundo o MCom, permitirá um melhor aproveitamento da comunicação da migração. O intuito do Gaispi é aumentar a eficiência do processo e usar os recursos de forma eficaz.

De forma prática, isso pode antecipar a chegada do 5G puro a cidades menores — desde que próximas a grandes municípios — antes do cronograma estabelecido pela Anatel. De acordo com a agência, cerca de 500 cidades pequenas deverão ser favorecidas.

Anteriormente, o Governo programava que o 5G puro deveria ser disponibilizado nas cidades com mais de 500 mil habitantes até 1º de janeiro de 2023. Contudo, a Anatel afirma que a antecipação na limpeza da faixa 3,5 GHz não implica dizer que ela estará liberada para uso nessa data. 

Entretanto, realizar a migração nessas cidades permitirá que o grupo avalie, oportunamente, possível antecipação da liberação da faixa nessas cidades, desde que concluídas também as ações de mitigação de interferências nas estações receptoras do Serviço Fixo por Satélite.

Vale lembrar que, há menos de uma semana, o 5G puro finalmente chegou a todas as capitais do Brasil. Na sexta-feira passada (7), Claro, TIM e Vivo ativaram antenas em Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC), dando fim à primeira fase de implementação.

Quem tem antena parabólica deve adaptar equipamentos

A limpeza de faixa consiste, principalmente, na migração do sinal do recepção da TV parabólica. Em outras palavras, ele terá que mudar de frequência para não coincidir com a mesma usada pelo 5G.

Para isso, de acordo com o Governo Federal, quem assiste à TV aberta por uma antena parabólica precisa adaptar o equipamento que tem a fim de evitar interferências.

Quem é inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) pode pedir um kit gratuito de adequar o equipamento. Para solicitá-lo e agendar a instalação gratuita, é preciso acessar o site da Siga Antenado ou ligar para o telefone 0800-729-2404.

Com informações: Governo Federal

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Yan Avelino

Yan Avelino

Ex-autor

Yan Avelino é natural de Recife (PE) e estuda Jornalismo na UNINASSAU. Foi repórter do Portal Tracklist em 2020 e do MacMagazine, onde cobriu a WWDC em 2021. Também passou pela TV Guararapes, emissora afiliada à RecordTV em Pernambuco, atuando como produtor de reportagem da versão local do Cidade Alerta. No Tecnoblog, foi autor em 2022.

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