Xiaomi e Samsung crescem enquanto vendas de celulares caem na América Latina

Em terceiro lugar, Xiaomi tem crescimento de 15% na América Latina; Samsung e Motorola permanecem na liderança da região

Bruno Gall De Blasi
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Xiaomi Redmi Note 11 com MIUI 13 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Redmi Note 11 com MIUI 13 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O mercado de smartphones da América Latina sofreu uma redução de 13%. Mesmo assim, o terceiro trimestre de 2022 foi positivo para alguns fabricantes, como a Xiaomi e a Samsung, que estão entre as primeiras colocações no bloco. É o que mostra um levantamento revelado pela Counterpoint Research nesta segunda-feira (12).

A pesquisa mostra um comparativo anual na região. 

Segundo a consultoria, quatro em cada dez celulares da região são fabricados pela Samsung. Este resultado coloca a empresa na liderança, com uma distância considerável em relação às demais marcas.

No mesmo período do ano passado, a Samsung ocupava 36% do mercado latino-americano. 

Em terceiro lugar, a Xiaomi subiu de 10% para 13%. Segundo a consultoria, as remessas da Xiaomi aumentaram 15% após o lançamento do Redmi Note 11.

“A Samsung permaneceu como líder absoluta na região e em todos os países individualmente”, disse Andres Silva, analista de pesquisa da Counterpoint Research. “A Xiaomi continuou a crescer entrando em novos países e expandindo tanto a operadora quanto seus próprios canais de varejo. Isso impulsionou o crescimento da participação e do volume de remessas da Xiaomi na região.”

Samsung Galaxy S22 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy S22 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Em segundo lugar, Motorola tem queda de 6%

Motorola permaneceu na segunda colocação. Mas sofreu uma queda de 6% e abocanhou 22% do mercado latino-americano. No terceiro trimestre de 2021, a sua participação era de 23%.

A consultoria observou que a queda foi fruto dos modelos básicos mais escassos.

“O desempenho da marca foi particularmente afetado no Brasil, Argentina e México”, disse a nota da Counterpoint Research à imprensa. “A série emblemática Edge 30, lançada recentemente, também não conseguiu agradar os consumidores.”

Na sequência, a Apple permaneceu em quarto lugar, com 4% de market share, na comparação anual. A Oppo, no entanto, caiu de 4% para 3% no terceiro trimestre, permanecendo na quinta colocação. 

As demais marcas ocupam 18% do mercado da América Latina.

Motorola Edge 30 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Motorola Edge 30 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Mercado latino-americano retrai e foca em baratinhos

A América Latina comprou menos celulares no terceiro trimestre de 2023. Segundo a Counterpoint Research, na comparação anual, o período amargou uma retração de 13%. Na escala trimestral, a queda foi de 17,3%.

Tina Lu, analista da consultoria, aponta que as remessas do período foram impactadas por altos estoques transportados do segundo trimestre de 2022. Ela explica:

“Durante o trimestre anterior, vários OEMs aumentaram os volumes de remessa, mas a demanda do consumidor estava diminuindo. Portanto, resultou em excesso de estoque na maioria dos canais de vendas e o terceiro trimestre de 2022 principalmente o corrigiu”, afirmou. “Mas, ainda assim, o problema não foi completamente resolvido e os canais de vendas também sentirão a dor de estoques acima do aceitável no quarto trimestre de 2022.”

Além disso, a analista aponta que a crise econômica do bloco, com base na inflação alta e na instabilidade política, resultou em uma queda acentuada na demanda do consumidor.

“Fabricantes, operadoras e varejistas lançaram pacotes promocionais agressivos ou descontos de dois dígitos para aumentar as vendas”, concluiu.

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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