Netflix tenta esclarecer confusão sobre compartilhamento de contas

Novas ferramentas implementadas pelo serviço de streaming ajudam o assinante a ter mais controle sobre quem acessa a sua conta

Paula Alves
Por
Netflix
Netflix (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Nesta quarta-feira (8), a Netflix anunciou que sua estratégia de cobrar uma subconta de membros que não moram na mesma residência também foi implementada no Canadá, Nova Zelândia, Portugal e Espanha. Embora o sistema já esteja em vigor em alguns países da América Latina, ele ainda não chegou por aqui e vem confundindo muitas pessoas sobre como, de fato, irá funcionar.

De acordo com a Netflix, desde quando foi anunciada a proibição do compartilhamento de contas – medida que deve se estender para mais mercados até o fim do primeiro trimestre de 2023 –, a empresa vem tentando dar aos membros maior controle sobre quem pode acessar sua conta.

A ideia é tornar cada vez mais claro quando, como e quem podem dividir e acessar uma mesma assinatura da Netflix, conseguindo assim “reeducar” seus usuários a respeito de uma cultura de compartilhamento que, por muitos anos, foi o carro chefe da plataforma.

Para esclarecer de vez como irá funcionar essa cobrança e como a empresa vem trabalhando em recursos que tornem essa transição mais suave, a companhia fez uma retrospectiva de todas as ferramentas e novidades que implementou nos últimos meses.

Gerencie seus dispositivos

A Netflix já esclareceu que todas as pessoas que moram juntas não precisam se preocupar com a nova política de compartilhamento de senhas. O assinante do streaming terá a oportunidade de configurar uma casa como seu “local principal”, de maneira que todos que vivem com ele, sob o mesmo teto, também poderão desfrutar da plataforma.

Netflix agora deixa ver e deslogar de dispositivos vinculados à sua conta / Netflix / Divulgação
Recurso de gerenciamento de dispositivos da Netflix (Imagem: Divulgação / Netflix)

Caso, no entanto, ele já tenha compartilhado sua senha com pessoas de outras residências e não queira pagar a mais por isso, será preciso pôr um fim ao “empréstimo”.

Para isso, ele pode usar a ferramenta de gerenciamento de contas e dispositivos para visualizar quem ainda está usando sua assinatura. E, dessa maneira, desconectar o usuário remotamente, com apenas um clique.

Transfira os perfis necessários

Caso, no entanto, alguma dessas pessoas decida contratar o seu próprio plano da Netflix, antes de ser desconectada, ela pode solicitar a transferência do seu antigo perfil para a nova conta que assinou.

Essa ferramenta foi lançada recentemente pela empresa e mantém as recomendações, histórico de visualização, Minha Lista, jogos salvos e todas as outras configurações da conta original do indivíduo.

O processo é rápido e demanda apenas alguns cliques. E, após realizado, não mantém nenhum vínculo entre as contas.

Relaxe nas viagens

Como fui afetada pelo Fear of Missing Out durante a pandemia / Pexels / Foto de cottonbro
Séries em destaque no catálogo da Netflix (Imagem: Foto de cottonbro / Pexels)

Definido seu “local principal” e deslogadas todas as pessoas que não moram na mesma residência, o usuário está pronto para curtir sua assinatura. Caso ele decida viajar, também não tem com o que se preocupar, já que a Netflix garante que ele poderá desfrutar da sua conta durante esse tempo.

“Os membros ainda podem assistir facilmente à Netflix em seus dispositivos pessoais ou fazer login em uma nova TV, como em um hotel ou aluguel de temporada”, esclarece a empresa.

De acordo com a companhia, a Netflix concederá uma janela de duas semanas para que o usuário possa assistir filmes e séries em outro endereço, sem dor de cabeça.

Para membros de fora, contrate uma subconta

Quem, no entanto, está disposto a dividir sua conta com membros extra ou precisa manter um ponto de acesso da Netflix em um local fora da sua residência (como, por exemplo, no trabalho), pode contratar a chamada “subconta de membros”.

Nos países em que já está disponível, cada assinante pode contratar até duas subcontas, sendo que cada uma delas tem seus próprios perfis, configurações, recomendações, login e senha.

A recomendação dessas subcontas será feita de forma automática pelo streaming, conforme o serviço perceber o uso contínuo de uma mesma assinatura em outros locais.

Feito isso, o usuário poderá contratar os novos endereços desejados, que custam entre R$ 9 e R$ 16, convertendo os valores dos mercados em que já foram lançados.

Com informações: Netflix

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Paula Alves

Paula Alves

Repórter

Paula Alves é jornalista especialista em streamings e cultura pop. Formada pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), antes do Tecnoblog, trabalhou por sete anos com jornalismo impresso na Editora Alto Astral. No digital, escreveu sobre games e comportamento para a Todateen e sobre cinema e TV para o Critical Hits. Apaixonada por moda, já foi assistente de produção do SPFW.

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