Zuckerberg acorda para a vida e anuncia projeto de IA para WhatsApp e redes sociais

CEO da Meta divulgou que empresa está desenvolvendo projetos de IAs generativas, conceito popular com ChatGPT e Dall-E, para suas redes sociais

Felipe Freitas
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• Atualizado há 6 meses
Meta (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)
Meta está desenvolvendo IAs para suas plataformas(Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O WhatsApp deve ganhar recursos de inteligência artificial (IA) no futuro. Na noite da última segunda-feira (27), Mark Zuckerberg divulgou em sua conta no Facebook que a Meta está “focando” em IAs generativas, como o ChatGPT, para textos, imagens e vídeos. O exemplo usado por Zuckerberg para as IAs de texto foram o WhatsApp e o Messenger.

No caso de imagens, entre suas aplicações o CEO da Meta comentou uso no Instagram. Em um parênteses curto, Zuckerberg disse que a IA poderia criar filtros no Instagram e imagens para anúncios — afinal, as redes sociais estão aceitando qualquer tipo de ads. O investimento em inteligência artificial é uma das ações tomadas pela Meta nos últimos meses.

Meta tem planos de curto e longo prazo com IAs

Zuckerberg explicou que o uso de IA para as suas plataformas, como WhatsApp, Messenger e Instagram, são divididas em projetos de curto e longo prazo. A primeira aplicação da inteligência artificial focará em ferramentas de criatividade.

No longo prazo, a Meta pretende lançar “personas” artificiais no WhatsApp e Messenger para ajudar os usuários — conceito parecido com o Bing Chat e ChatGPT. Dado o contexto e cenário, com Microsoft e Google batalhando pela melhor IA conversacional, o anúncio de Zuckerberg sugere que essas personas servirão para o mesmo propósito.

Nesse mesmo prazo, o Instagram ganhará a IA para auxiliar na criação de filtros, “formatos de anúncios” e a Meta lançará o recurso para vídeos e experiências multimodais. Nessas duas últimas, Zuckerberg não chegou a exemplificar como serão essas aplicações. Todavia, é fácil deduzir que a empresa está pensando em criadores de conteúdo. Imagine uma IA que facilita os cortes de vídeo e aprimora o áudio para a gravação de Reels — valorize os criadores e mantenha o engajamento nas suas redes.

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook (Imagem: Anthony Quintano/Flickr)
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook (Imagem: Anthony Quintano/Flickr)

Segundo o site Axios, o projeto será liderado por Ahmad Al-Dahle, ex-executivo da Apple e atual vice-presidente de IA e machine learning da Meta. Já o chefe de produto, responsável pelo gerenciamento da equipe, será Chris Cox, membro da empresa desde 2005.

A meta da Meta é não perder tempo nesse campo

No ano passado, com a Meta perdendo dinheiro e o metaverso da empresa ainda longe de ser algo popular (se é que isso se concretizará), um acionista da empresa escrever uma carta-aberta para o CEO Mark Zuckerberg.

Brad Gerstner diz no texto que a empresa deveria diminuir o investimento em metaverso e focar em inteligência artificial. Preciso, Gerstner afirma que a tecnologia de IA será a principal tecnologia do futuro. O acionista justifica que essa tecnologia trará melhores resultados econômicos e capaz de atingir bilhões de consumidores no mundo. Semanas depois da carta, o ChatGPT começou a ganhar fama.

Microsoft Bing com ChatGPT
Microsoft lançou Bing Chat no início de fevereiro (Imagem: Reprodução/Owen Yin)

Hoje, a Microsoft está na frente no segmento de IA de buscas e conversacionais, com o Bing Chat liberado para milhões de usuários e melhorias já planejadas. O Google vem atrás com o Bard, mas ainda em um teste fechado. A líder de buscas mostra que demorou a entrar nesse segmento, mas não tanto como a Meta.

Esta até tem projetos como tradutor universal, mas perdeu tempo tentando vender o metaverso. Agora Zuckerberg precisa recuperar o tempo perdido. E o Bard do Google mostra como é problemático estar atrasado.

Com informações: The Verge e TechCrunch

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Felipe Freitas

Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.

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