Prefeitura de SP lança app de transporte com taxa menor e sem tarifa dinâmica

MobizapSP já está nas lojas de aplicativos e vai começar a operar quando tiver entre 10 mil e 12 mil motoristas cadastrados

Giovanni Santa Rosa
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• Atualizado há 3 meses
Trânsito na Avenida Paulista, em São Paulo
Avenida Paulista (Imagem: Henrique Hanemann/Unsplash)

Em breve, passageiros de São Paulo terão mais uma opção para pedir carros por aplicativo. A Prefeitura de São Paulo anunciou, nesta quinta-feira (9), o MobizapSP, app próprio para concorrer com Uber e 99. Ele promete pagamentos melhores para motoristas e preços menores para passageiros, sem aumento em momentos de demanda elevada.

Para os passageiros, o principal diferencial é que não há tarifa dinâmica, nome dado ao aumento dos preços em períodos de pico de demanda e em determinados locais — pense na saída de um show ou quando começa a chover, por exemplo.

Por isso, é possível que o MobizapSP saia mais barato que a média em algumas ocasiões. Por outro lado, pode ser difícil conseguir motoristas nessa hora. Apps com tarifa dinâmica podem subir os preços e atrair mais motoristas.

Outro destaque é que não há cobrança de taxa de cancelamento.

O pagamento das corridas pode ser feito por cartões de crédito e débito, carteira digital dentro do app ou dinheiro. O motorista, porém, pode optar por não aceitar viagens com pagamento em dinheiro.

Para os condutores, o principal atrativo é a comissão mais baixa cobrada pelo app. Segundo a prefeitura, a taxa de administração será de 10,95%. Na Uber, esse percentual pode chegar a 40%.

Já as tarifas básicas de tempo e quilometragem devem ser parecidas com a concorrência. Não há remuneração mínima.

O app tem um botão de pânico para acionar emergências durante corridas. A Prefeitura diz que haverá um convênio com a PM para situações desse tipo.

Por outro lado, não há previsão de suspensão ou banimento de usuários, sejam passageiros ou condutores.

Prefeitura de São Paulo já tentou fazer app de táxi

O MobizapSP já está disponível nas lojas de Google e Apple, mas só vai começar a operar quando houver entre 10 mil e 12 mil motoristas cadastrados. Ele foi desenvolvido e será administrado pelo Consórcio 3C, que ganhou o contrato de concessão.

A ideia de criar um novo aplicativo partiu da CPI dos Aplicativos, da Câmara Municipal de São Paulo, criada para investigar as condições de trabalho dos motoristas.

Não é a primeira vez que a Prefeitura de São Paulo lança um aplicativo de transporte individual próprio. Em 2018, ela criou o SPTaxi, que prometia corridas com até 40% de desconto e taxa zero para os motoristas. A iniciativa, porém, teve pouca adesão.

Uma capital que teve mais sucesso em iniciativas do tipo foi o Rio de Janeiro (RJ). O aplicativo Táxi.Rio fez sucesso nos últimos anos, principalmente nos momentos em que conseguir um motorista na Uber ou na 99 era praticamente impossível. A plataforma chegou a oferecer descontos de 40% sobre o valor cobrado no taxímetro e permite pagamento com o Pix.

Com informações: Folha de S.Paulo, Prefeitura de São Paulo, G1.

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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