7,3 Tb/s! Maior ataque DDoS da história atinge cliente da Cloudflare
A ofensiva veio de botnet com base na arquitetura Mirai, conhecida por infectar dispositivos de IoT como câmeras e roteadores.
A ofensiva veio de botnet com base na arquitetura Mirai, conhecida por infectar dispositivos de IoT como câmeras e roteadores.
A empresa de segurança Cloudflare revelou o maior ataque de negação de serviço distribuído (DDoS) já registrado em termos de volume de tráfego. Ele ocorreu na semana passada e atingiu um pico impressionante de 7,3 terabits por segundo (Tb/s).
Basicamente, um ataque DDoS acontece quando vários computadores tentam sobrecarregar um site com uma “chuva” de tráfego falso ao mesmo tempo, causando lentidão ou até tirando um serviço do ar. O alvo da vez foi um cliente não identificado.
Segundo as informações divulgadas pela Cloudflare, a ameaça, neutralizada antes de derrubar o site atingido, foi orquestrada por meio de uma ou mais botnets, redes de dispositivos infectados controlados remotamente.
A suspeita é que a botnet utilizada seja baseada na arquitetura Mirai, que tipicamente infecta dispositivos da Internet das Coisas (IoT), como roteadores domésticos e câmeras de segurança, transformando-os em “zumbis” para lançar ataques em larga escala.
A análise da Cloudflare indica que os agressores utilizaram uma combinação de técnicas para aumentar o impacto. A maioria do tráfego malicioso era composta por pacotes do tipo UDP (User Datagram Protocol), o mesmo usado para transmitir filmes e jogos online. Esse método, diferentemente de outros, não para e verifica se a conexão está pronta antes de mandar os dados. Os hackers se aproveitaram dessa característica para disparar uma quantidade gigantesca de informações de uma só vez.
A ocorrência confirma uma tendência preocupante: o crescimento na intensidade dos ataques DDoS. Segundo a própria Cloudflare, somente no primeiro trimestre de 2025, o volume de ataques de negação de serviço aumentou 358% em comparação com o ano anterior.
O Brasil ocupa uma posição de destaque neste panorama. Segundo o relatório da empresa, o país se manteve no sexto lugar entre as nações que mais sofrem com este tipo de ameaça. Além de alvo frequente, também figuramos como uma das principais fontes de tráfego malicioso. Outra notícia sobre o mesmo ataque, publicada pelo The Hacker News, detalhou que a maioria do tráfego falso (10,5%) veio de uma rede de provedor brasileira, a Telefônica Brasil (AS27699).
Com informações da Cloudfare e The Hacker News
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