Após críticas, Meta muda etiqueta para imagens feitas com IA
Rótulo gerou revolta de fotógrafos ao ser aplicado a imagens com pequenos retoques. Meta admitiu que texto não era claro o suficiente.
Rótulo gerou revolta de fotógrafos ao ser aplicado a imagens com pequenos retoques. Meta admitiu que texto não era claro o suficiente.
A Meta anunciou que usará, no Instagram e no Facebook, o texto “Informações sobre IA” (ou “AI info”, em inglês) para imagens criadas com inteligência artificial. O novo rótulo vem em resposta a críticas de fotógrafos, que tiveram o selo antigo aplicado a registros reais com pequenas edições.
Anteriormente, a etiqueta dizia “Criado com IA”, ou “Made with AI”, em inglês. A Meta, porém, concordou com as reclamações. A companhia admitiu que este texto não era claro o suficiente para distinguir imagens feitas totalmente por IA ou apenas com retoques de IA.
“Assim como outras pessoas do setor, consideramos que nossas etiquetas não estavam alinhadas às expectativas das pessoas e nem sempre forneciam contexto suficiente”, diz um blog post da empresa.
“Por exemplo, alguns conteúdos que incluíam pequenas modificações usando IA, como ferramentas de retoque, vinham com indicadores usados como padrão para receber o rótulo ‘Feito com IA’”, completa a Meta.
Apesar da mudança no texto, o método para identificar estas imagens continua igual. A Meta usa metadados técnicos de padrões como C2PA e IPTC, que trazem informações sobre o uso de inteligência artificial.
Nestes padrões, mesmo pequenas edições podem receber o “carimbo” do uso de IA. Isso inclui o preenchimento generativo da Adobe, que usa a tecnologia para adivinhar o que deveria ficar no lugar de um objeto removido, por exemplo.
Fotógrafos que usaram a ferramenta reclamaram de tratamento injusto, já que estavam recebendo a mesma identificação que imagens completamente falsas.
Curiosamente, “AI info” era o texto que aparecia nas primeiras imagens da Meta sobre a ferramenta, divulgadas em fevereiro de 2024. O selo mudou para “Criado com IA” no lançamento, em junho. Agora, a empresa volta para a primeira opção. Mais neutra, ela pode evitar conclusões precipitadas sobre a veracidade de algumas imagens.
O comportamento da etiqueta, porém, continua igual: ao tocar nela, o usuário visualiza um texto sobre o que é IA generativa. Além disso, esta janela explica que o rótulo pode ser adicionado pelo próprio usuário, voluntariamente, ou pela Meta, ao identificar o uso da tecnologia.
A empresa também alerta que o processo não é perfeito, e alguns conteúdos feitos com IA podem “passar” sem a identificação. O Facebook, por exemplo, está cheio de casos assim.
Com informações: Meta, TechCrunch
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