Apple vai encerrar Pay Later, seu serviço de parcelamento de compras
Lançado nos EUA em outubro de 2023, pagamento em prestações era oferecido pela própria Apple e será substituído por parcerias com bancos
Lançado nos EUA em outubro de 2023, pagamento em prestações era oferecido pela própria Apple e será substituído por parcerias com bancos
A Apple anunciou o fim do Apple Pay Later, seu serviço de “buy now, pay later” (BNPL) disponível nos Estados Unidos. Com ele, donos de iPhone podiam fazer compras de até US$ 1 mil e pagá-las em quatro vezes sem juros. O serviço durou menos de um ano no mercado. No lugar dele, a empresa vai oferecer parcerias com bancos para financiar pequenos valores.
Parcelar compras é algo a que nós, brasileiros, já estamos acostumados há muito tempo, desde a época dos cheques pré-datados e carnês. Em outros países, isso é uma novidade, que ficou conhecida pela sigla BNPL (“compre agora, pague depois”) e ganhou popularidade na pandemia de COVID-19, quando as compras online ganharam muitos adeptos.
Enquanto aqui os parcelamentos são feitos diretamente na loja ou na administradora do cartão, nos EUA, eles geralmente envolvem uma terceira empresa, como Affirm, Klarna e Afterpay, por exemplo.
Foi neste mercado que a Apple decidiu entrar. O Pay Later oferecia parcelamento em até quatro vezes sem juros, com pagamentos a cada duas semanas. Cada compra era avaliada de forma separada, com limite de US$ 1 mil.
A Apple anunciou o Pay Later em junho de 2022, durante a apresentação do iOS 16, na WWDC. Os testes, porém, só começaram em março de 2023, com o lançamento geral nos EUA em outubro de 2023. Portanto, foram menos de dez meses de operação.
O fim do Apple Pay Later não será o fim do parcelamento na carteira digital da maçã. Em comunicado divulgado na semana passada, a empresa diz que bancos e instituições financeiras vão oferecer o serviço no Apple Pay, com pagamento diretamente em cartões de crédito ou débito.
Enquanto o Pay Later era exclusivo do mercado americano, o novo sistema de parceria chegará a mais países. A Apple menciona Austrália, Espanha e Reino Unido.
O parcelamento foi uma das cartadas da fabricante do iPhone para tentar pegar uma fatia do mercado de serviços bancários. Nos EUA, a empresa também oferece o Apple Card, cartão de crédito com cashback e integração ao iOS, e o Savings, uma espécie de conta poupança com rendimento de 4,15% ao ano, considerado alto para os padrões americanos.