Arm pode lançar chip próprio, e Meta seria uma das primeiras clientes
Empresa famosa por licenciar sua arquitetura para outras fabricantes pode se tornar concorrente no mercado de semicondutores.
Empresa famosa por licenciar sua arquitetura para outras fabricantes pode se tornar concorrente no mercado de semicondutores.
A Arm pretende lançar seu primeiro chip em 2025. Segundo o Financial Times, a Meta será uma das primeiras clientes, planejando usá-lo em data centers. O produto, uma CPU para servidores com possibilidade de customização, pode ser apresentado no terceiro trimestre do ano.
A reportagem indica ainda que a fabricação do chip da Arm ficaria a cargo da TSMC, empresa taiwanesa que também atende Apple, Qualcomm, MediaTek, AMD e muitas outras empresas que desenvolvem componentes.
Caso se confirme, o movimento fugiria da atuação tradicional da Arm. A empresa britânica é detentora das patentes da arquitetura, também chamada Arm, e licencia suas propriedades intelectuais para empresas como Qualcomm e Apple fabricarem chips. Fabricar um chip próprio, portanto, pode indicar que deixaria de ser apenas uma parceira.
Outro ponto importante é que a chegada da Arm representaria mais um concorrente de peso na indústria de semicondutores, que tem a Nvidia como grande destaque recente, graças a seus chips para inteligência artificial, e também conta com nomes tradicionais, como Intel e AMD.
O Financial Times indica que a fabricação de um chip próprio faz parte de uma estratégia do SoftBank, companhia japonesa que controla a Arm. A publicação destaca que Masayoshi Son, fundador do SoftBank, é um dos líderes do projeto conhecido como Stargate.
Anunciada em janeiro de 2025, a iniciativa conta com a participação de OpenAI, Oracle, Microsoft e Nvidia. Com investimentos orçados em US$ 500 bilhões, a ideia é colocar os Estados Unidos na vanguarda da inteligência artificial.
O SoftBank também está perto de comprar a Ampere, empresa especializada em projetar chips para servidores usando a arquitetura Arm. Fontes ouvidas pelo Financial Times indicam que esta aquisição é crucial para os planos da companhia.
Em um contexto mais amplo, Rene Haas, CEO da Arm, já indicou que a empresa pretende que sua arquitetura esteja presente na maioria dos computadores com Windows vendidos no fim da década.
Com informações de Financial Times, Engadget e Computerworld
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