Carros autônomos são mais seguros durante o dia e sem trocar de faixa
Estudo conclui que sistemas de direção autônoma se saem muito bem em condições cotidianas, como seguir o tráfego e manter velocidade
Estudo conclui que sistemas de direção autônoma se saem muito bem em condições cotidianas, como seguir o tráfego e manter velocidade
Um estudo publicado na revista Nature identificou que carros autônomos são mais seguros que os dirigidos por humanos, mas apenas em algumas condições: durante o dia e sem mudar de faixa. Durante o pôr do sol, o amanhecer ou em curvas, os motoristas se saem melhores.
A pesquisa foi comandada por Shengxuan Ding, doutorando da Universidade da Flórida Central. O trabalho usou dados coletados de 2.100 acidentes envolvendo veículos autônomos e 35.133 envolvendo carros dirigidos por humanos entre 2016 e 2022.
O site The Register faz uma observação sobre o estudo: ao usar dados somente deste período, o trabalho pode estar ignorando a evolução ocorrida nestes últimos oito anos e principalmente de 2022 para cá.
Ressalvas feitas, no geral, os carros autônomos mostraram ser mais seguros, graças à detecção de objetos, capacidade de desvio, precisão de controle e melhor tomada de decisões.
Analisando as informações, a conclusão foi de que os carros autônomos são bons para cenários cotidianos, como seguir o tráfego e ficar na mesma faixa. A probabilidade de se envolver em uma batida na traseira foi 0,5 vezes menor. Já a chance de bater na lateral foi 0,2 vezes menor.
A situação se inverte em condições de luminosidade baixa. Os carros autônomos têm risco 5,25 vezes maior de se envolver em acidentes durante o pôr do sol ou durante o amanhecer. Os sistemas automáticos também não são tão bons em fazer curvas, com probabilidade de errar 1,98 vezes maior nesta situação em relação a motoristas humanos.
A pesquisa atribui estas dificuldades à “falta de compreensão da situação em cenários complexos e experiência de direção limitada”.
Para resolver, o estudo sugere “melhorar sensores de condições climáticas e de iluminação, implementar medidas de redundância e integrar de modo eficaz os dados dos sensores”.
Com informações: Nature, The Register
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