China planeja usina solar que pode superar “toda” energia do petróleo
Satélite seria responsável por captar energia solar no espaço e retransmiti-la para a Terra via micro-ondas; EUA, Europa e Japão miram em tecnologias similares.
Satélite seria responsável por captar energia solar no espaço e retransmiti-la para a Terra via micro-ondas; EUA, Europa e Japão miram em tecnologias similares.
De olho nas mudanças climáticas e em busca da transição energética, a China anunciou um grande projeto de energia solar com uma grande usina localizada no espaço. A capacidade dessa infraestrutura seria suficiente para superar toda a energia do petróleo existente no planeta Terra.
O projeto de longo prazo é atualmente liderado pelo cientista Long Lehao, responsável por desenvolver o foguete mais comum utilizado atualmente pela China. A tecnologia solar baseada no espaço seria capaz de coletar energia, se aproveitando de que a luz é dez vezes mais intensa que na superfície da Terra.
O sistema teria cerca de 1 km de largura, e ficaria localizado em órbita geoestacionária de 36 mil quilômetros acima da Terra. Em seguida, a energia captada nessa estação espacial solar seria retransmitida para o planeta via micro-ondas.
Graças à maior proximidade do sol, a energia coletada em um ano poderia ultrapassar toda a capacidade energética gerada por todo o petróleo existente. No entanto, a tecnologia enfrenta algumas limitações na retransmissão para a Terra, como a cobertura intermitente de nuvens e a absorção da maior parte da radiação pela atmosfera antes de atingir o solo.
Ainda que seja um projeto inovador, a China não é a única nação que pensa em satélites para captação de energia solar. Essa tecnologia também é considerada por empresas dos Estados Unidos e agências espaciais da Europa e do Japão.
Um dos empecilhos para a construção de uma usina solar quilométrica no espaço é o transporte da infraestrutura. Para solucionar o desafio, a equipe de Lehao trabalha no desenvolvimento de um foguete de carga reutilizável.
O foguete Long March-9 (CZ-9) seria capaz de carregar ao menos 136 toneladas métricas. Além de auxiliar no transporte da infraestrutura de energia solar, espera-se que o foguete também seja aproveitado pela China para alcançar a Lua, visto que o país pretende montar uma estação internacional para pesquisa até 2035.
Com informações de Livescience
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